segunda-feira, 11 de maio de 2015

Casal gay que adotou Paulo Henrique, menino rejeitado por ser 'negro demais' estrela campanha do Dia das Mães

GELEDÉS

Uma linda família cheia de amor. Alguém duvida? (mf)


 
Você já deve ter lido a história do pequeno Paulo Henrique. Ele foi rejeitado por três casais heterossexuais que na fila de adoção o consideraram “feio” ou “negro demais”.
 


A vida do menino de cinco anos mudou quando ele foi adotado pelo jornalista Gilberto Scofield Junior e seu companheiro, Rodrigo Barbosa.

A história dessa nova família, formada há cerca de seis meses, integra a campanha de Dia das Mães da companhia aérea GOL. Em quatro vídeos postados em seu canal no YouTube, a empresa presta uma homenagem às pessoas que optaram pela adoção.

Segundo a companhia, são “brasileiros que escolheram amar além de qualquer distância”.
Entre eles, há a mãe que virou pai e mãe. E o pai que escolheu ser mãe — caso tanto de Gilberto quanto de Rodrigo.

O jornalista conta no vídeo como foi o processo anterior à adoção de Paulo:
“Vinha na cabeça a ideia de dar a oportunidade a alguém que nunca teve. Então, por que não, né? O Brasil tá aí cheio de criança abandonada… Por que a gente não pode fazer isso? A gente foi montando o quarto aos poucos, como se estivesse grávido.”
Rodrigo temia não ser aceito pelo menino que ele e Gilberto escolheram para educarem e formarem:
“A hora que a gente foi entrar no abrigo, eu lembro que a gente tremia. E eu falei pro Gilberto: quanto tempo você acha que ele vai demorar pra chamar a gente de pai? Será que ele vai um dia chamar? Tem criança que nunca chama… Aí a gente começou a brincar de carrinho. Na hora que o carrinho foi pro lado assim, ele falou: ‘Pega lá, papai’. Caramba!”
E quem é a mãe nessa relação, questionam alguns amigos próximos do casal. Rodrigo responde:
“A mãe não tem sexo. A mãe é um carinho diferente, um olhar mais cuidadoso. Uma hora eu tenho isso, uma hora o Gilberto tem.”
O companheiro completa: “A gente se reveza no papel de ser mais rígido ou mais amoroso”.
E Rodrigo conclui:
“Tem que ser pai e mãe. Eu não sinto que o Paulo é uma criança sem mãe. O Paulo é uma criança que tem dois pais, mas nós somos mãe também.”
A iniciativa da empresa merece aplausos, por ressaltar a diversidade de mães e de famílias possíveis. E também por defender a adoção como uma alternativa para as crianças que foram esquecidas ou abandonadas, além de enaltecer aquelas mães (ou pais) que fizeram essa escolha.

Assista ao vídeo de apresentação da campanha:


(Via Lado A)

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