Após a publicação da lista das 10 fotografias mais tristes da história, alguns leitores sugeriram que reuníssemos as 10 fotografias mais felizes. Como na publicação anterior, para se chegar ao resultado, fizemos uma compilação de reportagens publicadas por jornais, revistas, sites especializados em arte, fotojornalismo, fotografia e história. O objetivo da pesquisa era identificar quais eram as 10 fotografias icônicas que mais simbolizam momentos de felicidade em todos os tempos.
Participaram do levantamento as publicações: “Life”, “The Guardian”, “Der Spiegel”, “Telegraph”, “El Universal”, “The Pulitzer Prizes”, “Day Life”, “World’s Famous Photos”, “Digital History”, “Listverse”, “Al Fotto”, “National Geographic”, “Images & Visions” e “World Press Photo”. Obviamente que, como em qualquer lista, o resultado sempre será questionável. Sabe-se que, como a percepção, a opinião — que foi a base da pesquisa —, é algo individual.
Entretanto, as 10 fotografias selecionadas, que contemplam períodos distintos, cobrindo um itinerário que vai de 1926 a 1999, se não são unanimidades no meio fotográfico (e possivelmente não serão entre os leitores), são referências explícitas de alguns dos momentos mais inspiradores da história — seja pelo lirismo nostálgico de uma guerra de travesseiros em um quarto de hotel, seja pela inocência latente de um garoto correndo pelas ruas de Paris. Seja pelo reencontro emocionado com o pai que voltava da guerra, seja pelo beijo apaixonado de um desconhecido.
Eis, em ordem classificatória, as 10 fotografias selecionadas baseadas nas publicações pesquisadas.
O beijo da Times Square (1945)
Fotografia imortalizada pela revista “Life”. Durante o anúncio do fim da guerra contra o Japão, em 14 de agosto de 1945, o fotógrafo Alfred Eisenstaedt registrou um marinheiro beijando uma jovem mulher de vestido branco. A mulher foi identificada mais tarde, na década de 1970, como Edith Shain. A identidade do marinheiro permanece desconhecida e controversa. Mas está é apenas uma das versões. Fotografia: Alfred Eisenstaedt
A guerra de travesseiros dos Beatles (1964)
A fotografia mostra os Beatles durante uma guerra de travesseiros em 1964. Foi feita pelo fotógrafo Harry Benson, no hotel George V, em Paris. “Passarão 50 ou 100 anos e os Beatles continuarão ali (…) Eram amáveis e nada presunçosos. E a música era genial. Isso os fazia especiais. Todo mundo gostava deles, e mesmo agora as pessoas gostam deles. Eu poderia ter tirado as melhores fotografias do mundo, mas, se a música não tivesse sido boa, não teria servido para nada”, (Harry Benson, em entrevista à Agência Efe). Fotografia: Harry Benson
Explosão de alegria (1973)
Fotografia feita em 17 de Março de 1973. Mostra o reencontro do Tenente-Coronel Robert L. Stirm com sua família, na base aérea de Travis, na Califórnia, três dias após ter sido libertado. Stirm tinha sido capturado pelos vietnamitas do Norte seis anos antes, em 27 de Outubro de 1967, depois do caça-bombardeiro que pilotava ter sido abatido sobre Hanói. A fotografia, batizada como “Explosao de Alegria”, comoveu os norte-americanos e venceu o Prêmio Pulitzer de 1974. Fotografia: Sal Veder
O sorriso do bebê gorila (1999)
Fotografia feita em novembro de 1999 mostra um bebê gorila sorrindo e se assustando com o frio do estetoscópio durante um check-up em um hospital do Zoológico de Melbourne, Austrália. O registro do fotógrafo David Caird acabou virando livro, e Yakini, o pequeno gorila, uma celebridade mundial.Fotografia: David Caird
Children follow the Drum Major at the University of Michigan (1950)
Fotografia feita em 30 de outubro de 1950 em Ann Arbor, Michigan, Estados Unidos. A fotografia foi considerada pela “Time/Life” e pelo próprio fotógrafo uma das mais felizes da história. Alfred Eisenstaedt cobria uma apresentação da banda sinfônica da Universidade de Michigan quando percebeu um grupo de crianças correndo espontaneamente atrás de um dos membros da banda. Alfred Eisenstaedt, que morreu 1995 e ganhou o status de clássico sobretudo pela sua trajetória na revista “Life”, considerava a fotografia uma das mais importantes de sua carreira. Fotografia: Alfred Eisenstaedt
Jesse Owens contra Hitler (1936)
Fotografia feita em 1936 durante os Jogos Olímpicos de Berlim. O atleta norte-americano negro Jesse Owens ganhou quatro medalhas de ouro, contrariando o desejo de Hitler de mostrar a supremacia branca. A fotografia da cerimônia de premiação é uma das mais emblemáticas da história do esporte.Fotografia: Associated Press
A garota da praia (1926)
Fotografia feita por Jacques Henri Lartigue em setembro de 1926, em Royan, cidade localizada no centro-oeste de França. A foto mostra uma garota, Jeanine Lhemann, saltando na praia enquanto é observada por seu cão. Jacques Henri Lartigue, que morreu em 1986, é considerado um dos grandes nomes da fotografia do século 20, ficou conhecido como o fotógrafo da felicidade. Fotografia: Jacques Henri Lartigue
O primeiro 10 da história ginástica olímpica (1976)
Fotografia feita em dia 18 de julho de 1976, durante os Jogos Olímpicos de Montreal, Canadá. Depois de uma apresentação perfeita da ginasta romena Nadia Comăneci nas paralelas assimétricas, o placar mostrou a nota 1.00. O silêncio tomou conta do ginásio, sem entender como uma performance tão espetacular poderia receber uma nota tão baixa. A explicação surgiria pouco depois: nunca um 10 tinha sido atribuído na história da ginástica olímpica e o sistema não estava preparado para um resultado acima de 9.5. Fotografia: Associated Press
Le petit parisien (1952)
Fotografia feita em 1952 e considerada uma das mais importantes do fotógrafo francês Willy Ronis. Intitulada “Le petit parisien”, mostra um garoto parisiense que corre levando debaixo do braço uma baguete maior do que ele. A fotografia percorreu o mundo como marca da Paris no pós-guerra.Fotografia: Willy Ronis
Marilyn Monroe na Pacific Coast Highway (1945)
Fotografia feita em novembro de 1945 mostra Marilyn Monroe, aos 19 anos, sentada no meio da Pacific Coast Highway, Califórnia, Estados Unidos. Foi o primeiro ensaio da futura diva e atriz Marilyn Monroe. Na fotografia, Marilyn sorri para o fotógrafo André de Dienes, com que viveria um breve romance. “Conforme os minutos passavam, eu me apaixonava mais e mais por Norma Jeane [verdadeiro nome de Marilyn Monroe]”, relata André de Dienes no livro “André de Dienes, Marilyn” — publicado pela Taschen.Fotografia: André de Dienes
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