terça-feira, 29 de novembro de 2016

PALAVRAS MALCRIADAS NÃO OBEDECEM REGRAS

AMO ESCREVER A PALAVRA FIM



Escrever não é fácil. Requer tranquilidade, isolamento, necessidade de dizer a alguém coisas que de alguma forma fazem parte do teu cotidiano,  de tua formação e de toda tua vivencia.

Não sei porque escrevo isso até porque as letras sempre fizeram parte de minha vida. As palavras, especialmente as letras, sempre pulularam na minha frente como se com elas pudesse transformar um mundo que teimava em se esconder e de repente sumir para sempre. 

Mesmo depois de tantos anos a sensação ainda é a mesma até porque a cada dia o escrever, o falar, o dizer, representam atitudes de luta, de enfrentamento, de empoderamento que insistentemente temos que nos apropriar.

Li há algum tempo um artigo do escritor Thomás Tadeu que quase esbravejando escrevia "Porque cremos que escrever é só escrever. Sem assunto. Nem propósito. Sem ciência. E sem metafísica. Porque não reconhecemos a divisão de disciplinas. Nem de gêneros. Não queremos classificar. Nem, muito menos, ser classificados. Porque somos da pedagogia. Mas também não somos. Porque não somos da literatura. Mas também somos. Simplesmente porque queremos escrever o que nos dá na telha. O que nos vem à cabeça. E investir tudo na ideia que está à espreita. Porque não pertencemos a nenhuma seita. Nem nos filiamos a qualquer escola. E não tomamos nenhum partido. Porque não queremos ser bem comportados. Porque preferimos faltar ao respeito. E ser malcriados."

É justamente assim que me sinto. É disso que gosto, de despretenciosamente jogar palavras, de não aceitar medidas, de não aceitar regras e até de me divertir com as palavras dos outros quando elas me dizem algo e especialmente quando não me obrigam a certas cerimônias, que detesto.

Confesso que gosto das palavras dos outros. Elas são sempre precisas, muito bem colocadas, disciplinadas e até bonitas porque são pomposas especialmente quando a política se intromete e nos faz ver que ela é essencial para a sociedade e quando percebemos que depois de tantas conquistas do Lula, da Dilma, do Jean Wyllys, do Mensalão, da Lavajato de tantos movimentos sociais o que acontece? Uma organização que estava extinta há alguns anos surge acabando com tudo e nem prestamos atenção porque acreditamos que com tantos benefícios sociais nada iria por água abaixo por falha no sistema...

Por isso, minhas palavras em geral são malcriadas não obedecem e nem querem obedecer regras, Nem me seguem... são malucas e desatinadas e quando quero, escrevo rapidamente a palavra FIM.

Maristela Farias


segunda-feira, 28 de novembro de 2016

FIDEL MORRE E REVELA UM MUNDO DE SONHADORES E OUTRO DE CANALHAS




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Jornalista Vânia Nunes, Goiás, Goiás

Neste sábado, dia 26 de novembro de 2016, o mundo amanheceu chocado e triste com a morte do revolucionário cubano Fidel Castro Ruiz.

A luta com a qual se envolveu o grande líder socialista sempre levantou o véu cruel que encobre o mundo dividido entre os que sonham e lutam ao ponto de entregar suas vidas à transformação social e os canalhas dispostos ao boicote, à mentira, ao golpe e à traição.

Em entrevista o comandante contou das tentativas e pressões para dialogar com Fulgêncio Batista, o presidente cooptado e servil dos Estados Unidos, com o objetivo de reivindicar qualidade de vida para o povo e espaços para expansão da democracia sendo sempre enrolado, enganado e preterido.
Sem alternativa e sem audiência seu grupo resolveu se retirar para o México e preparar-se tática e estrategicamente para a revolução.

No momento avaliado como adequado os guerrilheiros se amontoaram em número de 84 num pequeno barco, O Granma, e encalharam no lado Oriente de Cuba, no dia 02 de dezembro de 1956. Foi brutalmente atacado pelas forças legalistas do governo corrupto e ladrão de Fulgência Batista. Rajadas de tiros de metralhadoras, fuzis e explosões de granadas impuseram uma baixa de 72 homens entre mortos, dilacerados, presos e assassinados nas prisões. Restaram apenas 12 combatentes com alguns fuzis e metralhadoras, acossados pela violência gigantesca do governo corrupto, golpista e servo dos Estados Unidos.

Os 12 – número inintencionalmente simbólico – subiram os picos das montanhas de Sierra Maestra para proclamar corajosamente que os dias de Fulgêncio Batista estavam contados e o alvorecer da revolução socialista próximo.

De 1957 à 1959 os jovens revolucionários conquistaram a adesão e o apoio da maioria do povo. Respaldados popularmente tomaram o poder.

Enfrentaram a crueldade da violência da classe dominante impatriótica, a traição e os boicotes.
Com a vitória da nova proposta que quebrou o paradigma da dominação plena de ódio contra o povo e a Pátria, Fidel e seus camaradas viram muitos mercenários de todos os serviços virarem as costas para o novo projeto e fugirem para os Estados Unidos. Nessa onda fugiram mais de 50 mil médicos, abandonando a saúde do povo.

Por parte da Igreja Católica Romana Fidel sofreu o simbolismo da excomunhão pelo Papa João XXIII.

O tsunami de mentiras e calúnias tomaram conta da mídia internacional, muitas existentes ainda hoje.

O objetivo era indispor a opinião pública mundial com a revolução e derrotar o novo regime.

O mundo monstruosamente dividido entre os que resvalam nas espumas sujas do imperialismo,
banhando-se em vantagens pessoais, e os que perceberam desde cedo que a revolução amanhecia para abençoar com a justiça social a ampla população marginalizada pelo ensino, pelos serviços do Estado e pelos direitos humanos.

Disciplinados, Fidel, Tchê Guevara e centenas de cubanos empenhados na revolução, dedicaram-se a solucionar os grandes problemas causados pelos saques promovidos pela classe dominante apeada do poder, com Fulgência Batista à frente roubando todo o dinheiro do Banco Central antes de fugir para o exílio.

Com a consagração de Fidel Cuba se tornou exemplo nos campos da saúde e da educação. Lá não há doenças nem remédios estocados para gerar lucros. O analfabetismo é absolutamente zero. A segurança permite ao povo existir sem medo de assalto, de violências, de sequestros e da disseminação das drogas. Os traficantes foram presos, julgados e condenados. Outros fugiram para seu mundo próprio, os Estados Unidos.

Fidel passou a ser respeitado e amado pelo mundo inteiro. Desde uma pequena ilha com menos de treze milhões de habitantes mostrou como é possível construir uma sociedade justa.
Por motivos de saúde, depois de deixar o poder, sua casa virou local de visitação por parte das grandes autoridades mundiais. Todos os papas e patriarcas que participaram de eventos em Cuba foram ao grande líder para ouvir suas reflexões e conselhos sábios.

É claro que a calúnia e a maldade, as mesmas que funcionaram em forma de rajadas de metralhadoras contra os jovens que desembarcaram na Ilha com mais sonhos do que com prática, com ameaças de guerra nuclear por parte dos Estados Unidos, com as difamações internacionais, agora disseram barbaridades contra Fidel na hora de sua morte.

Aqui no Brasil, tanto em matérias jornalísticas quanto em comentários nas redes sociais, as vísceras dos vira latas cheios de ódio e de ignorância jogaram ao ar seus excrementos mal cheirosos e pestilentos.

Felizmente as mentes sadias e amorosas são maioria e se expressam manifestando pesar e mostrando que a poesia do amor ao próximo é muito mais rica e construtiva do que os latidos dos vira latas pulguentos de ódio.

A morte do grande e sábio camarada Fidel me faz pensar na natureza humana e na irreversibilidade do mal que habita e comanda as vidas de certas pessoas ávidas de dinheiro, de prestígio e de poder.
Penso nos que boicotaram, que explodiram pontes e diques para prejudicar a revolução, nos que difamaram e se esforçaram para opor o povo a Fidel, na tentativa de usar a população como bucha de canhão.

Será que Fidel e a revolução deveria adulá-los, passar as mãos perfumadas em suas cabeças exortando-os a serem bons meninos?

Gestos românticos com bandidos e corruptos adiantariam? Ou é correto julgá-los em tribunais populares e depois trancafiá-los até que reponham tudo o que roubaram da sociedade e da revolução?
Há Países que punem os corruptos com a pena de morte e depois mandam a conta da bala gasta para a família pagar.

Pergunto-me se boicotador do Estado, se bandido de colarinho branco, como os banqueiros, por exemplo, têm solução.

Então, triste com a morte do grande líder cubano e latino americano, mas alegre com a grande obra que ele ajudou a construir na forma daquele socialismo alegre e bonito, pergunto-me por duas grandes lições que o sábio nos deixa.

Uma é a de que não se muda o mundo apenas com boas intenções e com preces alienadas. Há que lutar, quando for o caso de armas em punho, para dobrar os inimigos do povo, que não desgrudam facilmente do Estado, da propriedade privada e dos meios de produção.

A luta não é romântica nem fácil. É árdua e exigente de disciplina arrojada. Fidel nos deixa como lição preciosa o fato de que a burguesia antipatriótica e concentradora de privilégios não larga o poder sem que o povo se mobilize e se descongestione das porcarias que ingere ideologicamente através dos aparelhos mentirosos que a elite impõe sobre todos.

A outra questão que levanto aqui para meus botões e compartilho com a amiga é sobre o que fazer com os sugadores das tetas do Estado, que torpedeiam toda e qualquer iniciativa em favor do povo.
Daí penso o que faria Fidel caso comandasse a revolução no Brasil. O que faria com pessoas como MiShel Temer, que sem nenhum voto, de modo sem vergonha, desonesto e imoral, trai sua Presidenta e se imagina presidente do Brasil? Como classificar um ser humano desses senão como sangue suga, camaleão e marginal cuja condenação cabível seriam, no mínimo, serviços pesados, contando com sua “amada” Marcela como cozinheira de um presídio onde ele seria condenado como um dos piores marginais?

Como proceder com parlamentares envolvidos em crimes dos mais pesados de lesa humanidade, lesa economia e lesa Pátria, como aquele do helicóptero com meia tonelada de craque ou aquele que foi relator do impeachment no Senado que esconde sua opção sexual por pura desonestidade?
O que Fidel faria com juízes de direita, desde os de primeira instância, até o STF e o PGR, inundados de desonra e desonestidade patriótica, colaboracionistas da política imperialista, como é o caso da republiqueta de Curitiba, e futriqueiros do STF que batem boca e colaboram com a mídia suja julgando previamente cidadãos quando eles mesmos são mais sujos do que os paus dos galinheiros de suas fazendas?

O que a revolução faria com esse bando de pastores picaretas que exploram as doenças e misérias do povo enriquecendo-se com seus dízimos? O que faria com os cardeais que visitaram o traidor Temer jogando água benta sobre o pacote de maldades que avilta e massacra os direitos mais elementares do povo?

Como a amiga percebe, a revolução o é porque tem que enfrentar a fundo os problemas econômicos, políticos e sociais sem pentear e alisar cabelos de macacos.

É isso que os golpistas, os analfabetos políticos, os impatrióticos e os fascistas mais temem. E devem tremer mesmo em suas bases feitas da areia imoral.

Na nova sociedade o tratamento dado a eles tem que superar a justiça falsa para corrigir as injustiças com que sempre trataram o povo, gerando pobreza e miséria.

O socialismo pelo qual viveu e morreu Fidel Alejandro Castro Ruiz é o regime fraterno que suprime a exploração e as injustiças que beneficiam carniceiros, traidores, golpistas, lesa pátria e lesa humanidade.

Vale a pena guardar uma frase tesouro de Fidel escrita numa carta ao terrorista presidente dos Estados Unidos George W. Bush por ter falado de direitos humanos em Cuba, em 14 de maio de 2004: “Cuba é um dos poucos países deste hemisfério onde, em 45 anos, jamais houve uma só tortura, um só esquadrão da morte, uma só execução extrajudicial, nem um único governante que se tenha tornado milionário no exercício do poder”.

E essa outra lapidada numa placa próxima ao aeroporto de Havana: “Hoje milhões de crianças dormirão nas ruas, nenhuma delas é cubana”.

Viva Fidel. Fidel vive em nossos sonhos e em nosso senso de justiça social.

Abraços críticos e fraternos na luta pela justiça e pela paz sociais.
Dom Orvandil, OSF: bispo cabano, farrapo e republicano, presidente da Ibrapaz, bispo da Diocese Brasil Central e professor universitário, trabalhando duro sem explorar ninguém.


FIDEL CASTRO: HEROI OU DITADOR SANGUINÁRIO?

  
PRA MIM, UM HEROI.
    



Para uns, morreu o herói da revolução e libertador dos cubanos. Para outros, morreu o ditador sanguinário e carcereiro do povo. Mas opositores e apoiantes são unânimes em considerar que morreu uma figura histórica.

Embora doente e afastado do poder há algum tempo, para os cubanos a morte de Fidel Castro é um choque. Morte e Fidel eram duas palavras que não combinavam. Tanto mais que Castro lhe parecia imune: em 1953, com apenas 113 rebeldes armados, conduziu um ataque armado contra o maior quartel-general da ditadura de Fulgêncio Batista, e sobreviveu.

Mas não só isso: segundo a contagem oficial, registaram-se 600 tentativas de atentado contra a sua vida, todas fracassadas, claro. E, bem humorado, o próprio Castro comentava: "Como não tiveram sorte, não tiveram sucesso nas suas tentativas, eles dizem que estou doente ou morto. Na verdade, eu tenho apenas um problema. Se um dia eu estiver realmente morto, ninguém acreditará".

O revolucionário
Dizia-se que as mulheres o amavam e os homens o seguiam. Ao menos os cubanos pobres, pois as elites fugiram para os Estados Unidos da América logo após a revolução, ou o mais tardar em 1961, quando Fidel Castro transformou a sua revolução anti-fascista numa revolução socialista: "Esta é uma revolução democrática e socialista do povo humilde para o povo humilde. E estamos prontos a dar a nossa vida por essa revolução socialista. Operários e camponeses, homens e mulheres prometem defendê-la até à última gota de sangue."

Fidel Castro não tinha origem humilde. Era filho de um fazendeiro rico que se reinventou com líder comunista. Quatro décadas mais tarde, quando do muro de Berlim já só restavam escombros e a União Soviética era uma memória, Fidel Castro continuava no poder como um dinossauro comunista. Viu onze Presidentes americanos passarem pela Casa Branca, todos eles seus inimigos de estimação e o seu pretexto preferido para governar com mão de ferro.

Mão de ferro
A ameaça do norte e o embargo permamente proclamado por Washington sempre serviram de desculpa para os problemas económicos e a pobreza de um povo inteiro. E quem discordasse publicamente com esta avaliação corria o risco de ir parar à cadeia.

Porque a par da assistência médica, da alimentação básica e da alfabetização, Castro também trouxe ao seu povo a opressão, a arbitrariedade e o paternalismo, para não mencionar os discursos: "Sim, lutarei toda a minha vida, enquanto a razão não me abandonar, até ao último segundo.”

Mas, na verdade, em 2006 problemas de saúde obrigaram o Presidente a entregar o poder ao vice-presidente, o seu irmão Raúl Castro, que acabou por ser eleito em 2008, quando Fidel se retirou oficialmente da política. O novo Presidente encetou algumas reformas no sentido de liberalizar a economia. Com a morte de Fidel, há quem tenha esperanças que se sigam agora rapidamente as reformas políticas já iniciadas.

por:content_author: Cristina Krippahl


domingo, 27 de novembro de 2016

MORRE FIDEL CASTRO: 9 FRASES CÉLEBRES DO POLÊMICO LÍDER DA REVOLUÇÃO CUBANA

Morre Fidel Castro: 9 frases célebres do polêmico líder da Revolução Cubana

  • 26 novembro 2016
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Image caption Fidel Castro foi um dos personagens da política internacional durante mais de seis décadas
Até os mais críticos admitem que Fidel Castro Ruz, o homem que liderou a Revolução Cubana e que morreu na noite desta sexta-feira, é um grande orador.
É claro que os longos discursos também já foram motivo de muitas piadas, mas nas mais de seis décadas que Fidel esteve na linha de frente da política internacional e entre as reflexões que compartilhou desde que deixou o poder em 2006, o revolucionário cubano disse várias frases memorávei
Veja abaixo algumas das frases mais famosas de Fidel Castro.

1."A história me absolverá"

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Image caption Castro (na ponta direita da foto) fez a própria defesa no julgamento devido ao ataque ao quartel de Moncada
Uma das frases mais conhecidas de Fidel Castro é também uma das primeiras que o público conheceu.
Ele falou isso aos 26 anos, quando ainda era um jovem revolucionário.
Depois do ataque ao quartel Moncada de Santiago de Cuba, em 26 de julho de 1953, e depois de passar 76 dias "preso em uma cela solitária", como denunciou na época, ele fez a própria defesa no julgamento. E encerrou com estas palavras:
"Sei que a prisão será dura como nunca foi para ninguém, cheia de ameaças, de enfurecimento ruim e covarde, mas não a temo, como não temo a fúria do tirano miserável que arrancou a vida de 70 dos meus irmãos. Condene-me, não importa, a história me absolverá."
Fidel Castro foi condenado no dia 16 de outubro daquele mesmo ano. Depois de passar 22 meses na prisão, foi libertado graças a uma anistia e partiu para o exílio no México.

2. "Se saio, chego; se chego, entro; se entro, triunfo"

De acordo com os que conviveram com ele durante o exílio no México, estas foram as palavras mais repetidas por Fidel antes de partir, em 1956, no iate Granma com um grupo de 80 pessoas.
Eles estavam indo iniciar a luta guerrilheira em Cuba e derrotar Fulgêncio Batista: "Se saio, chego; se chego, entro; se entro, triunfo", era o que dizia o revolucionário.
Esse otimismo era uma das suas características marcantes. Fidel sempre disse que, para ser revolucionário, não se pode ser pessimista.

3. "Vou bem, Camilo?"

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Image caption Camilo Cienfuegos era um dos colaboradores mais próximos de Castro
A pergunta acima foi feita ao companheiro de guerrilha e um de seus colaboradores mais próximos, o comandante Camilo Cienfuegos. Era o dia 8 de janeiro de 1959 e Fidel Castro fazia seu primeiro discurso para o povo cubano depois da vitória da revolução, em sua chegada à Havana.
"Vou bem, Camilo?", perguntou Fidel em uma pausa do discurso.
"Vai bem, Fidel", respondeu Cienfuegos, que foi aplaudido pelo público.

4. "Que sejam como o Che!"

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Image caption Castro e Che se separaram poucos anos depois da vitória da Revolução Cubana
No dia 18 de outubro de 1967, nove dias depois da morte de Che Guevara na Bolívia, Fidel Castro participou de uma vigília em homenagem ao guerrilheiro argentino na Praça da Revolução.
Durante a vigília ele definiu Che como "um exemplo" e o "modelo ideal" para o povo cubano.
"Se queremos falar como queremos que sejam nossos combatentes revolucionários, nossos militantes, nossos homens, devemos dizer sem hesitação de nenhuma espécie: Que sejam como o Che! Se queremos falar como queremos que sejam os homens das futuras gerações, devemos dizer: Que sejam como o Che! Se queremos dizer como desejamos que sejam educadas nossas crianças, devemos dizer sem vacilar: Queremos que sejam educados no espírito do Che!"

5. "Tenho um colete moral (...) que tem me protegido sempre"

Em 1979, antes de viajar para a ONU em Nova York, um jornalista perguntou a Fidel Castro a respeito de um boato de que ele "sempre estava protegido pela roupa".
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Image caption O então líder cubano fez um discurso na Assembleia da ONU em 1979
"Que roupa?", perguntou de volta Fidel, já se preparando para abrir a camisa.
"Todo mundo diz que você tem um colete à prova de balas", disse o jornalista.
"Não. Vou a desembarcar assim em Nova York. Tenho um colete moral que é forte. Este tem me protegido sempre", respondeu o líder cubano rindo, enquanto abria a camisa e mostrava o peito.

6. "Todos os inimigos podem ser vencidos"

Em 1995, durante uma entrevista na missão cubana das Nações Unidas com a apresentadora de origem cubana María Elvira Salazar para o canal americano Telemundo, Fidel Castro respondeu desta forma a uma pergunta que questionava quem ele considerava seu pior inimigo.
"Meu pior inimigo? Acho que não tenho inimigos piores, porque acredito que todos os inimigos podem ser vencidos."

7. "Não pretendo exercer meu cargo até os cem anos"

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Image caption A rivalidade entre Washington e Havana se prolongou até recentemente
"Que os vizinhinhos do norte não se preocupem, não pretendo exercer o meu cargo até os cem anos", disse Fidel em Bayamo, no dia 26 de julho de 2006, em um discurso para o Dia da Rebeldia Nacional.
Cinco dias depois, no dia 31 de julho, ele anunciou que deixaria temporariamente o poder por motivos de saúde. Ele tinha se submetido a uma operação e o irmão dele, Raúl, assumia o poder.

8. "Não tenho nem um átomo de arrependimento"

"Cometi erros, mas nenhum estratégico, simplesmente tático. Não tenho nem um átomo de arrependimento pelo que fizemos em nosso país", explicou Fidel ao jornalista espanhol Ignacio Ramonet, de acordo com o livro Cem Horas com Fidel, publicado em 2006.

9. "O melhor amigo que tive"

Como vinha ocorrendo nestes últimos anos depois que deixou o poder em Cuba, a despedida de Fidel ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, depois de sua morte em 2013, foi feita em uma de suas Reflexões, os artigos publicados pela imprensa estatal cubana.
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Image caption A amizade entre Castro e Chávez era antiga
"Hoje guardo uma lembrança especial do melhor amigo que tive em meus anos de político ativo - que, muito humilde e pobre, formou o Exército Bolivariano da Venezuela - Hugo Chávez Frías."
"Homem de ação e ideias, um tipo de doença extremamente agressiva o surpreendeu e o fez sofrer muito, mas enfrentou com grande dignidade e com uma dor profunda para familiares e amigos próximos que tanto amou. Bolívar foi seu mestre e o guia que orientou seus pasos na vida. Ambos reuniram a grandeza suficiente para ocupar um lugar de honra na história humana."
* Texto originalmente publicado em 13 de agosto de 2016, quando Fidel Castro completou 90 anos, e atualizado após sua morte nesta sexta-feira.

OBAMA: "A HISTÓRIA VAI REGISTRAR E JULGAR O ENORME IMPÁCTO" DE FIDEL




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Após a morte do líder cubano Fidel Castro no início deste sábado, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou que "a história vai registrar e julgar o enorme impacto desta figura singular nas pessoas e no mundo ao seu redor".

O passado entre os EUA e Cuba foi marcado por desentendimentos políticos profundos, mas Obama disse que, durante o seu mandato, os dois países se uniram para enterrar esses conflitos. "Durante a minha presidência, nós trabalhamos muito para colocar o passado para trás, perseguindo um futuro no qual a relação entre nossos dois países seja definido não pelas nossas diferenças, mas pelas muitas coisas que compartilhamos enquanto vizinhos e amigos – laços de família, cultura, comércio e humanidade comum", diz.

Leia o pronunciamento completo de Barack Obama, publicado no G1:
"Neste momento do falecimento de Fidel Castro, nós estendemos uma mão de amizade ao povo cubano. Sabemos que esse momento enche os cubanos – em Cuba e nos Estados Unidos – com emoções poderosas, relembrando as incontáveis maneiras com as quais Fidel Castro alterou o curso de suas vidas individuais, de suas famílias, e da nação cubana. A história vai registrar e julgar o enorme impacto desta figura singular nas pessoas e no mundo ao seu redor.

Por quase seis décadas, a relação entre os Estados Unidos e Cuba foi marcada por discórdia e desentendimentos políticos profundos. Durante a minha presidência, nós trabalhamos muito para colocar o passado para trás, perseguindo um futuro no qual a relação entre nossos dois países seja definido não pelas nossas diferenças, mas pelas muitas coisas que compartilhamos enquanto vizinhos e amigos – laços de família, cultura, comércio e humanidade comum. Esse compromisso inclui as contribuições de cubanos-americanos, que fizeram tanto por nosso países e que se importam profundamente pelos seus entes amados em Cuba.

Hoje, nós oferecemos nossas condolências à família de Fidel Castro, e nossos pensamentos e orações estão com o povo cubano. Nos dias que virão, eles se lembrarão do passado e também olharão para o futuro. Ao fazer isso, o povo cubano deve saber que eles têm nos Estados Unidos um amigo e parceiro."


sábado, 26 de novembro de 2016

A VIDA DE FIDEL CASTRO EM IMAGENS

A VIDA DE FIDEL CASTRO EM IMAGENS