quinta-feira, 15 de novembro de 2018

NOTA POLÍTICA

COM QUEM DESEJAM FICAR OS ASSISTIDOS DO PROGRAMA MAIS MÉDICO? COM O NEGRO VAIADO QUE OS TRATAVA MUITO BEM OU COM AQUELES QUE VAIARAM?











Os médicos do Programa Mais Médicos estão indo embora e ainda tenho na mente os gritos e vaias dos educados médicos cearenses. Em nenhum país do mundo, foram tratados como em Fortaleza quando foram chamados de "escravos" pela imprensa brasileira e hostilizados por médicos tupiniquins, como se estivessem roubando seus empregos e suas oportunidades. O médico cubano negro foi cercado e vaiado 

Os cubanos, assim como os demais profissionais estrangeiros, iriam atuar nos 701 municípios que não atraíram o interesse de nenhum médico brasileiro, a despeito da bolsa de R$ 10 mil oferecida pelo governo brasileiro. Ou seja: não estavam tirando oportunidades de ninguém. Mas, ainda assim, foram hostilizadas por uma classe que, com suas atitudes, destruiam a própria imagem. À época, o ministro Alexandre Padilha avisou que o Brasil não iria tolerar a xenofobia.

Hoje, quando os médicos cubanos estão indo embora, com quem fica a população que foi tão bem atendida? Com o negro cubano que foi aos rincões cuidar deles, salvar suas vidas ou com os médicos brancos e loiros que os vaiaram e que sequer vão querer chegar junto deles porque são pobres, feridentos, muito doentes e que até fedem? Com quem fica a população pobre e que vive em lugares de tão difícil acesso que perdem a noção do que é viver? Depois de terem por mais de três anos médicos perto de suas casas, de segunda a sexta, essas 7,7 milhões de pessoas voltaram a não ter a quem recorrer num retrocesso inaceitável.”

A população atendida pelos médicos do Mais Médico vão sentir falta do negro cubano que foi vaiado ou vão desistir da vida para não serem humilhados pelos médicos que vaiaram o negro cubano?

Maristela Farias DRT 1778/PE
Créditos das imagens: Araquém Alcântara

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