PARA ONDE VAMOS, O QUE ESTÁ MESMO SE ARMANDO? VAMOS ACEITAR UMA DITADURA NEOLIBERAL?
Fico imaginando quantos espermatozoides esquizofrênicos estão circulando no palácio cheio de golpistas instalados em Brasília, na sede do poder central (em minúsculas mesmo), capitaneados pelo traidor golpista Temer, odiado em todos os cantos e que está destruindo o País e nossa paz. Não entendo o que significa criar um momento de tensão tão violento e que de repente pode se expandir pelo país de forma abrupta, tudo mediante decisão de loucos que estão se achando donos do Brasil e de nossos direitos como cidadãos e aí me vem à mente o que significa nossa Constituição diante de tais espermatozoides.
Ao contrário dos EUA, nós somos um país que sofre com rupturas com extrema facilidade. Não por acaso, desde nossa independência tivemos nove constituições diferentes. Algumas com o único propósito de dar poderes ditatoriais ao chefe do Executivo e acabar com qualquer resquício de liberdade garantido pelo texto constitucional anterior.
A Constituição de 1988, por outro lado, pretendia o oposto – queria garantir que o Brasil nunca mais enfrentasse uma ditadura. Ainda assim, na Assembleia Constituinte, sobravam deputados e senadores tinham apoiado o regime militar e, se não me engano alguns continuam ocupando as bancadas da Câmara e do Senado e/ou fazendo parte de outras bancadas que representam o que de mais contraditório existe para a sobrevivência de um País como evangélicos, bancada do boi e outras aí que nem vale a pena mencionar.
Infelizmente partiu do PSDB, através de figuras patéticas que compõem seus quadros, deputados e senadores golpistas, aliados a um traidor que silenciosamente percorria o Jaburu nos escuros da noite, como um espermatozoide esquizofrênico e que tem deixado o País em estado crônico de angústia e falo apenas do Vampirão e do Aecim, figuras nefastas, os outros nem cito vai ser cansativo
Não podemos ter medo de falar, especialmente quando, entendemos que a defesa de meu País, com essa coalizão golpista mais agride a democracia, e é hora cada vez mais de defendê-la. Até porque em 1968, forças majoritárias de esquerda reagiram ao aprofundamento da ditadura militar, pelo caminho então legítimo mas sem legitimidade construída, das armas. A disposição de não abandonar o terreno da disputa eleitoral com a presença de Lula, de disputá-la mesmo em meio à violência e arbitrariedade judicial, mais do que uma estratégia é um fundamento de valor: a esquerda brasileira enfrenta o golpe no terreno da formação da vontade das maiorias a partir de seu programa democrático-popular. Esta disputa eleitoral integra a disputa do poder que procura derrotar nossa capacidade de luta a partir de uma narrativa alternativa de mais um golpe e que está se avizinhando com a militarização do Rio de Janeiro.
A luta contra o golpe e seu programa neoliberal,não nos permite a divisão das esquerdas em um momento tão decisivo. Sem as esdquerdas, não se fará a resistência e não se construirá um caminho de superação do golpe. É fundamental, neste sentido, a iniciativa das Fundações do PT, PC do B, PSOL e PDT de construírem uma plataforma comum e a chamada para o Congresso do Povo Brasileiro, a ser realizado em meados deste ano, é fundamental.
As ruas já deram a faixa de campeão ao histórico enredo da Tuiuti, que traz os temas da liberdade e da escravidão para o centro da disputa de valores e futuros do Brasil. Como não queremos que o carnaval em 2018 termine em quarta-feira de cinzas, será necessário encontrar os caminhos para vencer a ditadura neoliberal.
Para onde vamos, o que está mesmo se armando? Vamos aceitar uma ditadura neoliberal? “Um poder que não está disposto a se submeter à imprevisibilidade da disputa democrática, que não está apenas fora da democracia, mas contra a democracia. Se este poder político conseguir se organizar para vencer eleições presidenciais e para o Congresso Nacional em uma situação de forte ou quase certa previsão de vitória, ele as instrumentalizará pelos meios que forem necessários. Se não houver esta possibilidade, este poder agirá com uma violência judicial e repressiva cada vez maior para garantir, de forma inequívoca, que o programa neoliberal radical que organiza o golpe continuará a ser implementado. Não faz parte da coalizão golpista a imaginação da possibilidade de que a esquerda vença as eleições em 2018.” segundo Carta Maior.
Maristela Farias – Jornalista DRT 1778/PE