NOTA POLÍTICA
"CORREDOR POLONÊS RACISTA. COISA DO COTIDIANO BRASILEIRO"
Fatima Oliveira (setembro 2013)
GOVERNO SE ARVORA CANCELAR PROPAGANDA DO BB POR TER GENTE FELIZ E BONITA
Era uma “historia” sobre falta de caráter, xenofobia e racismo de um médico idoso, que em nada difere de gente desprezível de outras profissões, pois o microcosmo das categorias profissionais é revelador das ideias dominantes numa sociedade de “racismo cordial”, onde ninguém se diz racista, só os outros são!
Ela então contou que tinha ido aos correios despachar uma caixa para a neta, ficou na fila apesar dos seus mais de 70 anos e ao chegar sua vez, ao dizer : “Encomenda PAC”, um senhor todo pimpão, cabelos menos brancos que os dela, mas aparência de 70 e cacetada, fez de conta que ela não existia e entregou um envelope. Negra, aprendi a reagir quando fazem de conta que sou invisível.
Na maciota, mas firme, disse: “Senhor, é a minha vez! Estava na fila!”. E ele: “Isso aqui é rápido. É meu voto para o Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo. Sabe o que é isso?”. Eu: “Senhor, espere! Estou sendo atendida!”. Ele: “Desculpe-me, não a vi! Sou muito educado! Pode passar, madame! Nordestino não respeita fila!”.
E esbravejando no fim da fila, começou a resmungar: “Esse povo do Nordeste nem sabe o que é fila. Lá não existe isso. Conheço essa gente do meu consultório de ajudar pobres ali na favela. Há muitos desses nordestinos lá que eu ajudo! Favela não, que esse nome é discriminação e tá errado, da comunidade da Barragem Santa Lúcia. Sou caridoso. Atendo de graça lá. Ora, não vou me trocar com qualquer uma, sou médico, sou rico!”.
Gargalhando e, com o sangue fervendo falou:
- “Moleque, safado, xenófobo e racista, cale a boca: sou tão médica quanto o senhor, há quase 40 anos…”.
- Ele “Será? Então sou médico há mais anos que você!”.
- Ela: “E daí? Tá pensando que medicina nasceu só para o senhor, que é branco e do Sudeste? Deixe de bestagem e de xenofobia. Vou chamar a polícia para o senhor deixar de ser safado. Suma daqui, seu moleque, se não quiser sair algemado. Chispa!”.
Assustadíssimo, tropeçou nos próprios pés e, tremendo como vara verde, saiu feito um azougue… “Já vai? Espera a polícia, quero ver tua riqueza te safar!”. Mas ele fugiu! O único temor foi de o sujeito ter ou simular uma “sapituca” e eu ter de socorrê-lo ali…
Quando um médico seja de que idade for diz o que disse, demonstra que há caráter de todo tipo em qualquer profissão e não é surpresa que médicos jovens portem cartazes “sou médico, sou culto, sou rico”, que evidenciam uma faceta da desfaçatez reinante; nem é coisa de outro mundo, é daqui mesmo, a exibição do corredor polonês do banditismo do racismo ocorrido em Fortaleza, uma criminosa intimidação a médicos cubanos.
E Juan Merquiades Duvergel Delgado, médico, negro, cubano, tirou de letra: passou por ele, pelo tal corredor polonês – eternizado numa foto, que ganhou o mundo, a naturalização e a banalização do racismo brasileiro!
Negro no Brasil vive num corredor polonês racista. Mas só negros percebem e sentem, como o aceite ou a omissão diante de práticas racistas institucionais, a exemplo do engavetamento da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da População Negra, que não andou um milímetro em sua implementação no atual governo. “Pra quem sabe ler, um pingo é letra”.
De repente, em 26 de abril de 2019, leio um texto da Ana Maria Bruzaca, de que um comercial de 30 segundos do Bando do Brasil que estava no ar desde 14 de abril, foi vetado pelo Presidente do Brasil.
E aí, como não entendi porque fui assistir o comercial que achei lindo, diverso e que normalmente atenderia a diversos públicos, especialmente aos mais jovens já que era um comercial moderno, com gente bonita, colorido, feliz e te garanto: não entendi porque não agradou ao presidente que os brasileiros (menos eu) elegeram.
Continuei lendo e vendo o comercial e não entendi, mas não posso chamar a policia, nem exigir que a justiça permita que o dito comercial seja exibido, até porque por trás dessa zoeira, o diretor de Marketing do Banco, foi demitido e em declaração oficial o diretor da instituição, que não vou citar o nome, porque não merece, afirmou que A DEMISSÃO do Diretor de Marketing, Delano Valentim, foi uma decisão em consenso. kkkkkkkkkkkkkkk.
Eu amei o video e só fiz uma correlação entre o corredor polonês racista que aconteceu em Fortaleza, em que Juan Merquiades Duvergel Delgado, médico, negro, cubano, que tranquilamente enfrentou as vaias dos médicos brancos dali, cuja foto viralizou no mundo, com sua elegancia, uma caixa que aquela senhora queria mandar para a neta, (e mandou!) e um comercial com jovens brancos, negros, bonitos, modernos e diversos que um presidente tosco mandou cancelar e demitir um diretor de marketing de um Banco do Brasil.
Vendo isso, nunca mais tentar pensar! O eleito pelos paneleiros, pelos camisa amarela, pelos doentes mentais que pensei fossem em numero menor, não merece nossa atenção por mínima que seja. Temos que combater as idiossincrasias para que nossos mais jovens não se deixem enganar pela pastinha hitleriana de seu cabelo.
Que Deus perdoe a todos aqueles, que mesmo arrependidos, votaram e elegeram a desgraça para este país como opção de vida. Que sejamos protegidos e que nossos filhos e netos não sejam maculados pelo processo educativo que ele pretende implantar e destruir o que levamos tanto tempo para reestruturar.
Maristela Farias
Jornalista DRT 1778 PE
Ela então contou que tinha ido aos correios despachar uma caixa para a neta, ficou na fila apesar dos seus mais de 70 anos e ao chegar sua vez, ao dizer : “Encomenda PAC”, um senhor todo pimpão, cabelos menos brancos que os dela, mas aparência de 70 e cacetada, fez de conta que ela não existia e entregou um envelope. Negra, aprendi a reagir quando fazem de conta que sou invisível.
Na maciota, mas firme, disse: “Senhor, é a minha vez! Estava na fila!”. E ele: “Isso aqui é rápido. É meu voto para o Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo. Sabe o que é isso?”. Eu: “Senhor, espere! Estou sendo atendida!”. Ele: “Desculpe-me, não a vi! Sou muito educado! Pode passar, madame! Nordestino não respeita fila!”.
E esbravejando no fim da fila, começou a resmungar: “Esse povo do Nordeste nem sabe o que é fila. Lá não existe isso. Conheço essa gente do meu consultório de ajudar pobres ali na favela. Há muitos desses nordestinos lá que eu ajudo! Favela não, que esse nome é discriminação e tá errado, da comunidade da Barragem Santa Lúcia. Sou caridoso. Atendo de graça lá. Ora, não vou me trocar com qualquer uma, sou médico, sou rico!”.
Gargalhando e, com o sangue fervendo falou:
- “Moleque, safado, xenófobo e racista, cale a boca: sou tão médica quanto o senhor, há quase 40 anos…”.
- Ele “Será? Então sou médico há mais anos que você!”.
- Ela: “E daí? Tá pensando que medicina nasceu só para o senhor, que é branco e do Sudeste? Deixe de bestagem e de xenofobia. Vou chamar a polícia para o senhor deixar de ser safado. Suma daqui, seu moleque, se não quiser sair algemado. Chispa!”.
Assustadíssimo, tropeçou nos próprios pés e, tremendo como vara verde, saiu feito um azougue… “Já vai? Espera a polícia, quero ver tua riqueza te safar!”. Mas ele fugiu! O único temor foi de o sujeito ter ou simular uma “sapituca” e eu ter de socorrê-lo ali…
Quando um médico seja de que idade for diz o que disse, demonstra que há caráter de todo tipo em qualquer profissão e não é surpresa que médicos jovens portem cartazes “sou médico, sou culto, sou rico”, que evidenciam uma faceta da desfaçatez reinante; nem é coisa de outro mundo, é daqui mesmo, a exibição do corredor polonês do banditismo do racismo ocorrido em Fortaleza, uma criminosa intimidação a médicos cubanos.
E Juan Merquiades Duvergel Delgado, médico, negro, cubano, tirou de letra: passou por ele, pelo tal corredor polonês – eternizado numa foto, que ganhou o mundo, a naturalização e a banalização do racismo brasileiro!
Negro no Brasil vive num corredor polonês racista. Mas só negros percebem e sentem, como o aceite ou a omissão diante de práticas racistas institucionais, a exemplo do engavetamento da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da População Negra, que não andou um milímetro em sua implementação no atual governo. “Pra quem sabe ler, um pingo é letra”.
De repente, em 26 de abril de 2019, leio um texto da Ana Maria Bruzaca, de que um comercial de 30 segundos do Bando do Brasil que estava no ar desde 14 de abril, foi vetado pelo Presidente do Brasil.
E aí, como não entendi porque fui assistir o comercial que achei lindo, diverso e que normalmente atenderia a diversos públicos, especialmente aos mais jovens já que era um comercial moderno, com gente bonita, colorido, feliz e te garanto: não entendi porque não agradou ao presidente que os brasileiros (menos eu) elegeram.
Continuei lendo e vendo o comercial e não entendi, mas não posso chamar a policia, nem exigir que a justiça permita que o dito comercial seja exibido, até porque por trás dessa zoeira, o diretor de Marketing do Banco, foi demitido e em declaração oficial o diretor da instituição, que não vou citar o nome, porque não merece, afirmou que A DEMISSÃO do Diretor de Marketing, Delano Valentim, foi uma decisão em consenso. kkkkkkkkkkkkkkk.
Eu amei o video e só fiz uma correlação entre o corredor polonês racista que aconteceu em Fortaleza, em que Juan Merquiades Duvergel Delgado, médico, negro, cubano, que tranquilamente enfrentou as vaias dos médicos brancos dali, cuja foto viralizou no mundo, com sua elegancia, uma caixa que aquela senhora queria mandar para a neta, (e mandou!) e um comercial com jovens brancos, negros, bonitos, modernos e diversos que um presidente tosco mandou cancelar e demitir um diretor de marketing de um Banco do Brasil.
Vendo isso, nunca mais tentar pensar! O eleito pelos paneleiros, pelos camisa amarela, pelos doentes mentais que pensei fossem em numero menor, não merece nossa atenção por mínima que seja. Temos que combater as idiossincrasias para que nossos mais jovens não se deixem enganar pela pastinha hitleriana de seu cabelo.
Que Deus perdoe a todos aqueles, que mesmo arrependidos, votaram e elegeram a desgraça para este país como opção de vida. Que sejamos protegidos e que nossos filhos e netos não sejam maculados pelo processo educativo que ele pretende implantar e destruir o que levamos tanto tempo para reestruturar.
Maristela Farias
Jornalista DRT 1778 PE
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