domingo, 28 de abril de 2019

 NOTA POLÍTICA
 A CÔRTE BRASILEIRA DECIDIU PELA REFORMA DA PREVIDÊNCIA



Li um artigo da Claudia Motta sobre a Reforma da Previdência onde ela cita a conclusão dos
economistas Eduardo Moreira, Paulo Kliass, e Eduardo Fagnani e o que de imediato fica muito
claro e isto quem tem de 60 prá lá sabe muito bem até porque nosso conhecimento e
envolvimento com a miséria é muito violenta e porque vivemos,  convivemos e vimos homens,
mulheres e crianças oriundos de todas as áreas, especialmente da área rural perambulando
em busca de vida. Não estou dizendo de comida, mas de vida!
Os privilégios sempre nos saltaram aos olhos e ainda hoje, de forma muito, mas muito violenta
em todas as áreas da saúde, da educação de forma acintosa, mas de forma tão terrível que nos
chegam ao conhecimento todas as falcatruas para que amigos e familiares façam parte do grupo
seleto,  especialmente nas universidades e nos ambientes faustosos das diversas côrtes que
formam a sociedade brasileira.

A reforma da Previdência não vai acabar com eles, da mesma forma que a meritocracia sempre vai estar agindo de forma ignominiosa em todas as áreas e posso dizer de cara lavada e peito aberto que para esta sociedade que o país sustenta, jamais haverá uma reforma, digo reforma porque não encontro outra palavra para me dirigir a esse convívio que temos de suportar até porque durante toda minha vida e até hoje, percebo o olhar de indignação quando alguém se atreve a participar de algum desses ritos.

A história da reforma da Previdência segundo li no artigo da Claudia Motta, “não vai melhorar
a economia brasileira, nem ajudar o país a crescer. Ao contrário. Os brasileiros ficarão mais
pobres e por consequência a economia nacional vai encolher. Haverá menos saúde, menos
educação e, diante da falta de recursos, o êxodo rural pode aumentar e agravar a miséria e a
violência nas grandes cidades.”

É justamente isso que Paulo Guedes e seus seguidores desejam e estão unidos contra  o povo,
baseados num conceito “inventado”

O agravamento da desigualdade social, e por consequência, da miséria e da criminalidade já se
apresenta mesmo antes da aprovação da medida indigesta e aí como ficará a vida dos
trabalhadores rurais com essa reforma? “um mecanismo para levar justiça social a uma
parcela da população que até 1988 trabalhou em condições injustas, sem direitos trabalhistas,
sindicais e previdenciários, muitas vezes em regime de semiescravidão”. O que na realidade
desejam não é o corte de privilégio mas um maior empobrecimento da maior parte da
população brasileira.

Segundo os apoiadores da reforma, “ricos” (nos itens 50 e 51 da PEC 6/2019) são os que
fazem parte do grupo de trabalhadores que ganha em média R$ 2.231 e “pobres” os que
ganham R$ 1.251 e como segundo os especialistas “84%  da economia prevista viria dos
valores pagos no regime geral (RGPS) e os que recebem BPC e abono, a reforma pode levar
à falência os 3.875 municípios que, em 2010, tinham nesses benefícios pagos aos seus
moradores sua maior receita.”

E aí  senhores prefeitos e vereadores qual a posição dos senhores? Querem tudo isso de volta?

Em julho de 1987, a Folha de S. Paulo noticiou:
“A seca, os flagelados famintos e a caatinga nordestina poderão virar atração
turística por sugestão do presidente da Embratur, João Doria Júnior, atual prefeito
de São Paulo, que propôs em Fortaleza (CE) a instalação de albergues turísticos na
região”, disse.
A Gazeta Mercantil (importante jornal da época) reproduziu um discurso de Doria
a empresários do Ceará, em que ele disse que “a seca poderia ser um ponto de
atração turística no Nordeste”.

Maristela Farias

Jornalista DRT 1778/PE

Nenhum comentário: