quarta-feira, 1 de junho de 2016

MICHEL JUDAS TEMER: O GOVERNO DE BASES FALSAS E MAL CHEIROSAS

Em meus tortuosos caminhos religiosos, à procura de um Deus justo e que enxergasse todos igualmente e com o mesmo carinho, o mesmo afeto e o mesmo amparo, sempre me deparei com figuras grandiosas e que segundo meu pensar enxergavam a religião como eu gostaria que ela fosse vista, sentida e interpretada.

Isto vem de longe quando entrei em contato com Santo Agostinho defensor da existência de uma cidade dos homens e uma de Deus, ou seja, um mundo terreno e um espiritual, e que foi superada depois pela cidade dos operários oprimidos, pela cidade dos poderosos e pela cidade dos opressores ou mundo burguês.Mas essa leitura faz muito tempo e preciso urgentemente reler, mas preciso de grana prá comprar.

Depois desse contato com o Agostinho santo, tive notícias do Ruben Alves, que falava na Teologia da Libertação e aí conheci os escritos do Leonardo Boff e aí o que mais me atraia foi exatamente o que ele disse em um de seus artigos "Por fim, a Teologia não representou apenas uma revolução espiritual. Ela significou também uma revolução cultural. Contribuiu para que os pobres ganhassem visibilidade e consciência de suas opressões. Gestou cristãos que se fizeram cidadãos ativos e a partir de sua fé se empenharam em movimentos sociais, em sindicatos e em partidos no propósito de dar corpo a um sonho, que tem a ver com o sonho de Jesus, o de construir uma convivência social na qual o maior número possa participar e todos juntos possam forjar um futuro bom para a humanidade e para a natureza.

É mérito da Igreja da Libertação com sua Teologia da Libertação subjacente ter contribuido decididamente na construção do Partido dos Trabalhadores, do Movimento dos Sem Terra, do Conselho Indigenista Missionário, da Comissão da Pastoral da Terra, da Pastoral da Criança, dos Hansenianos e dos portadores do virus HIV que foram os instrumentos para praticar a libertação e assim realizar os bens do Reino. Aqui o cristianismo mostrou e mostra a primazia da ortopraxis sobre a ortodoxia e a importância maior das práticas sobre as prédicas."

Acho que foi a partir desse entendimento que comecei a ter da Teologia da Libertação, que eu nem aceitava exatamente o que era, mas que me encaminhava para uma ideia religiosa que até hoje aceito como verdadeira e ideal. Bom... começaram as evoluções sociais, os pobres estavam finalmente sendo visualizados e meu interesse religioso desapareceu e só agora, com tantos acontecimentos que miram exatamente o combate aos mais pobres, volto a me interessar e lembrar de Betto, de Helder Camara, de Pedro Casaldáliga, de Paulo Evaristo Arns e do combate que a própria Igreja travou contra muitos pensadores católicos, penalizando-os e até afastando-os da Igreja por considerá-los nefastos.

Hoje, estamos sob fogo cruzado, quando um governo golpista se alia a um grupo religioso dentro da câmara dos deputados e do senado e querem afastar uma Presidenta eleita, para um segundo mandato vitoriosa após uma enxurrada de infâmias promovidas pelos evangélicos e pela Rede Globo e seguidoras. Mas encontro Dom Orvandil... muito comedido, claro, consciente e politica e religiosamente correto. Vou acompanhar suas palestras, como esta que publico aqui sob o título:


MICHEL JUDAS TEMER: O GOVERNO DE BASES FALSAS E MAL CHEIROSAS.

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