segunda-feira, 17 de abril de 2017

MARCELO ODEBRECHT TENTOU BARRAR LAVA JATO E AMEAÇOU DILMA, DIZ DELATOR


EXTRAIDO DE POLITICA AO MINUTO.

Empresário teria enviado mensagens dizendo que revelaria documentos sobre repasses ao caixa dois em 2014, caso investigações prosseguissem



“Ela cai, eu caio”. A frase é atribuída a Marcelo Odebrecht pelo ex-diretor da construtora João Nogueira, durante depoimento a investigadores da operação Lava Jato, e se refere à ex-presidente Dilma Rousseff
De acordo com o delator, o proprietário da empresa tentou barrar a força-tarefa, inclusive solicitando que o governo da então presidente nomeasse um interlocutor para tratar diretamente com a empreiteira.
João Nogueira afirmou que Marcelo ameaçou, por meio de mensagens, revelar documentos sobre repasses ao caixa dois da campanha de 2014, na qual Dilma e Temer se reelegeram. As provas dessas conversas estão com os investigadores.
O delator ainda contou que o empresário se encontrou com o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), logo após a reeleição da petista, em Belo Horizonte.
“A intenção dele, ao encontrar com o Pimentel, era passar mensagem à presidente Dilma, porque era notório que o Pimentel era muito próximo dela. Essa mensagem eu entendi que era a comprovação por meio de documentos que contribuições com recursos não contabilizados tinham sido de fatos realizados à campanha dela, de 2014. Com isso, Marcelo Odebrecht pretendia pressioná-la a tomar providências bastante mais contundentes”, declarou o ex-diretor. “Eram tempos já desesperadores”, acrescentou.
O próprio Marcelo Odebrecht, no fim de 2014, teria se reunido com Dilma para cobrar providências em relação à Lava Jato. Segundo Nogueira, Dilma demonstrou preocupação por entender que não estava “blindada”.
O site Congresso em Foco revela que, entre outros assuntos, Marcelo queria que o Planalto intercedesse para que uma reclamação da empreiteira Engevix contra o juiz Sérgio Moro fosse aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF), retirando do magistrado paranaense a condução das investigações – o que acabou não ocorrendo.
Tanto Dilma quanto Pimentel negam ter tentado atrapalhar as investigações e qualquer envolvimento com as irregularidades. 

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