Recife, sexta-feira, 13 de janeiro de 2012 Relançada neste ano, a Agenda AfroBrasileira traz a historiografia negra no mundo e agrega obras de artistas africanos Apesar de vigorar há cerca de 10 anos, a Lei Federal 10.639/03 - que determina que os estabelecimentos de ensino fundamental e médio incluam em sua grade o ensino de história e cultura afrobrasileiras - não está sendo explorada em toda sua potencialidade. Pouco se teve notícia, até o momento, de livros ou novos produtos que valorizassem a cultura negra no Brasil e a contribuição deste povo nas áreas social, política e econômica. Entretanto, iniciativas como a do Núcleo de Estudos Afrobrasileiros (Neafro) da Pontificia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) reativam o debate sobre a necessidade de propor conteúdos culturais e pedagógicos sobre o papel do negro na sociedade. Para tanto, o grupo relança a Agenda AfroBrasileira, com distribuição em todo país. Ela reúne os principais acontecimentos do calendário africano, afrobrasileiro e afrodiaspórico e traz obras de artistas contemporâneos. “A iniciativa foi movida pela ideia que tínhamos de que a consciência histórica, intimamente ligada à memória, teria um papel de extrema importância na libertação e na elaboração mental do povo negro. A valorização das fontes passou a fazer parte da nossa militância acadêmica na luta contra a colonização racista dos campos da memória”, explica Acácio Almeida, idealizador do projeto. “Desde 1994, data da primeira agenda, tornou-se referência tanto no meio acadêmico quanto para a militância, uma vez que sistematiza a pesquisa, a organização e a divulgação de fatos. Na edição 2012, renová-la foi colocá-la no contexto atual de conquistas, como a criação da Fundação Palmares”, complementa a pesquisadora Ana Helena Passos. Assim, referencia momentos cruciais para a compreensão histórica como o fatídico 11 de junho, quando Nelson Mandela foi condenado à prisão perpétua (em 1964). A agenda traz ainda 12 peças de artistas consagrados - como a obra Not abaut orange, de Ghada Amer (que ilustra a capa) e fotografias como a de Seydou Keita, do acervo da Fundação Sindika Dokolo. As imagens fazem parte do projeto Transit_BR, com curadoria de Daniel Rangel (Salvador /BA) e Fernando Alvim (Angola). Trata-se de uma das mais importantes coleções de arte africana contemporânea do mundo, que deve rodar o país em exposições itinerantes com diferentes recortes do acervo, associadas com palestras e publicações nas principais cidades brasileiras. A abertura será em março, em Salvador, e passará por outras capitais como Brasília, Curitiba, Recife e São Paulo.
“O projeto Transit_BR consiste na circulação, entre Angola e Brasil, de uma das mais importantes coleções de arte africana contemporânea do mundo, pertencente à Fundação Sindika Dokolo de Angola.”A ideia central é de realizar exposições itinerantes com diferentes recortes do acervo, associadas com palestras, publicações e outros eventos culturais e artísticos relacionados com a mostra, nas principais cidades brasileiras, com o intuito de promover a difusão e o acesso da sociedade brasileira e não só, ao pensamento filosófico e à estética da arte africana contemporânea.
“Apesar disso, é importante afirmar que no Brasil ainda existe uma enorme lacuna sobre a África, particularmente sobre a produção artística africana atual. (…) O Transit é mais uma contribuição no intuito de modificar o quadro de desinformação a respeito das artes visuais africanas na contemporaneidade. O recorte Transit_agenda afro-brasileira foi pensado com o objetivo de fazer um panorama dos principais artistas africanos da coleção Sindika Dokolo, entre jovens e consagrados, de diferentes países e técnicas, permitindo uma introdução a uma nova leitura estética e conceitual a respeito da produção africana atual.
A África é o maior produtor de cinema do mundo
Se você acha que o maior número de filmes produzidos no planeta vêm de Hollywood está desinformado faz tempo. Eles só produzem uns 600 filmes por ano. Se respondeu na lata, Bollywood, a indústria do cinema indiano (achando que tá por dentro), também errou. Lá são produzidos cerca de 900. Então quem é o maior [...]
Para complementar este artigo, a nova versão da Agenda que promove a história e a memória da África, da diáspora africana e da população negra no Brasil, que você pode comprar em ecife
Recife/PE
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24 de Nov. de 1861
Nasce Cruz e Souza
Filho de negros alforriados, o poeta João da Cruz e Sousa nasceu em Desterro, hoje cidade de Florianópolis, capital de Santa Catarina. Foi educado como filho de criação por Dona Clarinda Fagundes Xavier de Sousa e teve acesso à estudos de línguas como também de matemática e Ciências Naturais o que não impediu que fosse vítima de atos discriminatórios em diversos momentos de sua vida, por ser negro. Num desses atos, foi recusado como promotor público da cidade de Laguna. Foi diretor do jornal abolicionista Tribuna Popular e sua obra marca o início do simbolismo no Brasil. Morreu no dia 19 de março de 1898, aos 36 anos de idade, vítima da tuberculose e da pobreza.
20 de Nov. de 1695
Morre Zumbi
Zumbi nasceu na cidade de União dos Palmares, Alagoas, em 1655. Após luta e resistência como líder do Quilombo dos Palmares, Zumbi foi morto pelo capitão Furtado de Mendonça e sua cabeça levada para o governador de Pernambuco, Caetano de Melo e Castro. Sua morte ganhou um novo significado na década de 60, pela militância social negra, e tornou-se símbolo da resistência, sendo o 20 de novembro adotado como Dia da Consciência Negra. Desde então, algumas cidades brasileira passaram a comemorar a data com feriado local, mas só em 10 de novembro de 2011, o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra passou a fazer parte do calendário oficial do Brasil. Este feito é resultado das lutas da sociedade civil, especificamente dos movimentos sociais negros.
Imagem: óleo de Antônio Parreiras (1860-1937), intitulado “Zumbi” (detalhe do quadro), que faz parte do acervo do Museu AfroBrasil, em São Paulo
Zumbi nasceu na cidade de União dos Palmares, Alagoas, em 1655. Após luta e resistência como líder do Quilombo dos Palmares, Zumbi foi morto pelo capitão Furtado de Mendonça e sua cabeça levada para o governador de Pernambuco, Caetano de Melo e Castro. Sua morte ganhou um novo significado na década de 60, pela militância social negra, e tornou-se símbolo da resistência, sendo o 20 de novembro adotado como Dia da Consciência Negra. Desde então, algumas cidades brasileira passaram a comemorar a data com feriado local, mas só em 10 de novembro de 2011, o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra passou a fazer parte do calendário oficial do Brasil. Este feito é resultado das lutas da sociedade civil, especificamente dos movimentos sociais negros.
Imagem: óleo de Antônio Parreiras (1860-1937), intitulado “Zumbi” (detalhe do quadro), que faz parte do acervo do Museu AfroBrasil, em São Paulo
16 de Nov. de 1978
Morre Candeia
O sambista Antonio Candeia Filho, conhecido como Candeia, tem sua obra marcada por um rico repertório que trata de liberdade, saudades, orgulho negro, vida e morte. Fundador do Grêmio Recreativo de Arte Negra Quilombo, Candeia iniciou sua carreira cantando e compondo para a Portela e tem seu nome consagrado no panteão da escola de samba. Veja um trecho do documentário “Partido Alto”, de 1982, dirigido por Leon Hirszman, em homenagem a esse compositor, sambista e defensor da cultura afrobrasileira.
Imagem: foto de Candeia, do Portal Brasil, site do Governo Federal
13 de Nov. de 1981
O sambista Antonio Candeia Filho, conhecido como Candeia, tem sua obra marcada por um rico repertório que trata de liberdade, saudades, orgulho negro, vida e morte. Fundador do Grêmio Recreativo de Arte Negra Quilombo, Candeia iniciou sua carreira cantando e compondo para a Portela e tem seu nome consagrado no panteão da escola de samba. Veja um trecho do documentário “Partido Alto”, de 1982, dirigido por Leon Hirszman, em homenagem a esse compositor, sambista e defensor da cultura afrobrasileira.
Imagem: foto de Candeia, do Portal Brasil, site do Governo Federal
13 de Nov. de 1981
Morre Mestre Pastinha
Um dos maiores mestres de capoeira do Brasil nasceu em Salvador, Bahia, no dia 5 de abril de 1889. Batizado com o nome de Vicente Joaquim Ferreira Pastinha, foi adepto da Capoeira de Angola e seu maior divulgador, promovendo-a como uma arte e não uma luta, inclusive no exterior. Na música “Triste Bahia”, de Caetano Veloso, a letra faz uma homenagem ao Mestre Pastinha que “foi à África / Pra mostrar capoeira do Brasil”. Em 1968, publicou o livro “Capoeira Angola” (baixe aqui), com prefácio de Jorge Amado e capa ilustrada por Carybé. Veja aqui o trailer do filme sobre a sua história, dirigido por Antonio Carlos Muricy, e aqui as cenas de um documentário de 1950, dirigido pelo folclorista Alceu Maynard, com Mestre Pastinha e seus alunos no CECA (Centro Esportivo de Capoeira Angola), fundado por ele, em 1941, em Salvador.
11 de Nov. de 1975
Independência de Angola
Depois de 14 anos de luta armada contra o domínio português, Angola foi proclamada uma república independente por António Agostinho Neto, presidente do MPLA — um dos movimentos que lutou pela sua independência. Empossado, Agostinho Neto assume o governo enfrentando a guerra civil, que envolveu os integrantes dos demais movimentos de libertação do país, como UNITA e FNLA. Com alguns períodos de paz, a guerra durou até 2002.
Imagem: foto da estátua Agostinho Neto em Luanda, Angola, de autoria de Paulo César Santos sob licença Creative Commons
Depois de 14 anos de luta armada contra o domínio português, Angola foi proclamada uma república independente por António Agostinho Neto, presidente do MPLA — um dos movimentos que lutou pela sua independência. Empossado, Agostinho Neto assume o governo enfrentando a guerra civil, que envolveu os integrantes dos demais movimentos de libertação do país, como UNITA e FNLA. Com alguns períodos de paz, a guerra durou até 2002.
Imagem: foto da estátua Agostinho Neto em Luanda, Angola, de autoria de Paulo César Santos sob licença Creative Commons
10 de Nov. de 2011
Sancionada a Lei Ordinária que institui o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra
Apesar de ser comemorado em centenas de cidades brasileiras, inclusive com feriado oficial, o 20 de Novembro, Dia da Consciência Negra, não era uma data reconhecida nacionalmente. Com a Lei 12.519, essa data passa a ser comemorada oficialmente em todo país como o “Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra” em homenagem ao dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695.
Imagem: detalhe do monumento em homenagem a Zumbi dos Palmares, na Pça. XI, no Rio de Janeiro, inaugurado em 20/11/2010, em homenagem ao Dia da Consciência Negra. Foto de Delfim Vieira, da galeria “SEASDH – Secretaria de Assistência Social e Direi” no Flickr, adaptada e publicada sob licença Creative Commons
8 de Nov. de 1979
Manifesto exige inclusão do item cor no recenseamento do IBGE
Ativistas políticos, intelectuais e entidades negras encaminham manifesto ao IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) exigindo a inclusão do item cor no recenseamento de 1980. A retirada do quesito cor/raça, no início da década de 1970, pelo governo militar, incentivou posteriormente uma discussão sobre a questão racial como fator de desigualdade social no pais, entre os movimentos negros e os pesquisadores da época. O manifesto contirbuiu para que o IBGE adotasse o quesito no Censo de 1980. Veja aqui o mais recente relatório do Instituto que divulga os estudos sobre cor e raça.
Imagem: foto de Fernando Mafra, da galeria f_mafra, do Flickr
Ativistas políticos, intelectuais e entidades negras encaminham manifesto ao IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) exigindo a inclusão do item cor no recenseamento de 1980. A retirada do quesito cor/raça, no início da década de 1970, pelo governo militar, incentivou posteriormente uma discussão sobre a questão racial como fator de desigualdade social no pais, entre os movimentos negros e os pesquisadores da época. O manifesto contirbuiu para que o IBGE adotasse o quesito no Censo de 1980. Veja aqui o mais recente relatório do Instituto que divulga os estudos sobre cor e raça.
Imagem: foto de Fernando Mafra, da galeria f_mafra, do Flickr
8 de Nov. de 1799
Condenação dos participantes da Revolta dos Alfaiates
Conhecida, também, como Revolta dos Búzios ou Conjuração Baiana, o movimento de emancipação da Capitania da Bahia tinha entre as suas revindicações a proclamação da república, diminuição dos impostos e a libertação do escravos. Seus participantes eram pessoas do povo, formados na maioria por soldados, alfaiates e escravizados. Um dos seus mentores foi o médico baiano Cipriano José Barata de Almeida. Em 12 de agosto de 1798, o movimento ganhou as ruas quando seus membros distribuíram panfletos falando de liberdade e igualdade, inspirados nos ideais da Revolução Francesa. Os “papéis sediciosos”, que contrariavam os interesses da Coroa Portuguesa, provocou a perseguição e, no ano seguinte, a condenação dos envolvidos. A maioria foi exilada e quatro deles foram enforcados: Lucas Dantas do Amorim Torres, Manuel Faustino dos Santos Lira, Luís Gonzaga das Virgens e João de Deus Nascimento. Esses estão inscritos no “Livro dos Heróis da Pátria”, como determina a Lei sancionada em março de 2011.
Imagem: desenho com um dos condenados a enforcamento, do site www.institutobuzios.org.br
Conhecida, também, como Revolta dos Búzios ou Conjuração Baiana, o movimento de emancipação da Capitania da Bahia tinha entre as suas revindicações a proclamação da república, diminuição dos impostos e a libertação do escravos. Seus participantes eram pessoas do povo, formados na maioria por soldados, alfaiates e escravizados. Um dos seus mentores foi o médico baiano Cipriano José Barata de Almeida. Em 12 de agosto de 1798, o movimento ganhou as ruas quando seus membros distribuíram panfletos falando de liberdade e igualdade, inspirados nos ideais da Revolução Francesa. Os “papéis sediciosos”, que contrariavam os interesses da Coroa Portuguesa, provocou a perseguição e, no ano seguinte, a condenação dos envolvidos. A maioria foi exilada e quatro deles foram enforcados: Lucas Dantas do Amorim Torres, Manuel Faustino dos Santos Lira, Luís Gonzaga das Virgens e João de Deus Nascimento. Esses estão inscritos no “Livro dos Heróis da Pátria”, como determina a Lei sancionada em março de 2011.
Imagem: desenho com um dos condenados a enforcamento, do site www.institutobuzios.org.br
4 de Nov. de 1969
Morre Carlos Marighella
Filho do imigrante italiano Augusto Marighella e da baiana Maria Rita do Nascimento — que era descendente de escravizados africanos, trazidos do Sudão — Marighella nasceu em Salvador. Foi militante do Partido Comunista, perseguido e preso pelo Governo de Getúlio Vargas. Em 1946, elegeu-se Deputado Federal pela Bahia. Durante a ditadura militar, funda a Ação Libertadora Nacional (ALN) e participa da luta armada contra o regime. Numa emboscada, em São Paulo, foi morto por agentes do DOPS (Departamento de Ordem Pública e Social).
Filho do imigrante italiano Augusto Marighella e da baiana Maria Rita do Nascimento — que era descendente de escravizados africanos, trazidos do Sudão — Marighella nasceu em Salvador. Foi militante do Partido Comunista, perseguido e preso pelo Governo de Getúlio Vargas. Em 1946, elegeu-se Deputado Federal pela Bahia. Durante a ditadura militar, funda a Ação Libertadora Nacional (ALN) e participa da luta armada contra o regime. Numa emboscada, em São Paulo, foi morto por agentes do DOPS (Departamento de Ordem Pública e Social).
1 de Nov. de 1922
Morre Lima Barreto
Afonso Henriques de Lima Barreto nasceu na cidade do Rio de Janeiro. Jornalista e escritor, suas obras são um retrato satírico e irônico da sociedade republicana do início do século XIX. Escreveu contos, crônicas e romances. “Triste Fim de Policarpo Quaresma”, seu livro mais conhecido, é de domínio público e pode ser baixado na íntegra aqui. Na data da sua morte, leia também o clássico texto de Lima Barreto “Elogio da Morte”, publicado em Marginália.
1 de Nov. de 1974
Fundação do bloco carnavalesco Ilê Aiyê
Criado no bairro da Liberdade, em Salvador, foi um dos primeiros blocos a manter uma associação cultural para preservação das tradições africanas na Bahia. O Ilê Aiyê destaca-se por usar a cultura, a dança e a música como forma de superação do racismo e de preconceitos.
Imagem: foto de Alberto Coutinho/AGECOM, disponível na galeria de Gov/Ba, no Flickr, sob licenç
a do Creative Commons
29 de Out. de 1941
Nasce Pepetela
Mais conhecido pelo seu psedônimo, o escritor angolano Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos nasceu em Benguela. Lutou durante a guerra civil do país junto com a MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola). Licenciado em Sociologia, Pepetela é professor da Faculdade de Arquitetura da Universidade Agostinho Neto, em Luanda. Já publicou cerca de 20 obras literárias, tendo ganho o Prêmio Camões, em 1997, pela contribuição à literatura e cultura de língua portuguesa.
Imagem: Jmendez, sob licença Criative Commons
Mais conhecido pelo seu psedônimo, o escritor angolano Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos nasceu em Benguela. Lutou durante a guerra civil do país junto com a MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola). Licenciado em Sociologia, Pepetela é professor da Faculdade de Arquitetura da Universidade Agostinho Neto, em Luanda. Já publicou cerca de 20 obras literárias, tendo ganho o Prêmio Camões, em 1997, pela contribuição à literatura e cultura de língua portuguesa.
Imagem: Jmendez, sob licença Criative Commons
24 de Out. de 2005
Morre Rosa Parks
A afroamericana tornou-se um símbolo do movimento por direitos civis nos EUA, em 1 de dezembro de 1955, após se recusar a ceder a sua cadeira a um homem branco, num ônibus da cidade de Montgomery, no Estado do Alabama. Seu ato desencadeou uma série de protestos por todo país e marca o início da luta antissegregacionista americana. Nasceu em 4 de fevereiro de 1913, em Tuskegee, cidade do Alabama. O seu nome de batismo era Rosa Louise McCauley. Conheça a Fundação que leva o seu nome e o do seu marido, Raymond Parks.
Imagem: foto de autor desconhecido mostra Rosa Parks com Martin Luther King Jr, ao fundo, datada de 1955
A afroamericana tornou-se um símbolo do movimento por direitos civis nos EUA, em 1 de dezembro de 1955, após se recusar a ceder a sua cadeira a um homem branco, num ônibus da cidade de Montgomery, no Estado do Alabama. Seu ato desencadeou uma série de protestos por todo país e marca o início da luta antissegregacionista americana. Nasceu em 4 de fevereiro de 1913, em Tuskegee, cidade do Alabama. O seu nome de batismo era Rosa Louise McCauley. Conheça a Fundação que leva o seu nome e o do seu marido, Raymond Parks.
Imagem: foto de autor desconhecido mostra Rosa Parks com Martin Luther King Jr, ao fundo, datada de 1955
19 de Out. de 1986
Morre Samora Moisés Machel
Samora Machel foi o primeiro presidente de Moçambique, depois da vitória da “Frente de Libertação de Moçambique” (FRELIMO) na guerra contra a colonização portuguesa, que durou até 1975. Um dos líderes do movimento revolucionário, Samora manteve-se na presidência até 1986, com apoio da antiga União Soviética. O avião em que estava, vindo da Zâmbia, caiu em território sul-africano e gerou especulações sobre as causas: acidente ou atentado?
Imagem: foto de James Simpson, para o Departamento de Defesa dos EUA, durante encontro com oficiais americanos, em 1985
Samora Machel foi o primeiro presidente de Moçambique, depois da vitória da “Frente de Libertação de Moçambique” (FRELIMO) na guerra contra a colonização portuguesa, que durou até 1975. Um dos líderes do movimento revolucionário, Samora manteve-se na presidência até 1986, com apoio da antiga União Soviética. O avião em que estava, vindo da Zâmbia, caiu em território sul-africano e gerou especulações sobre as causas: acidente ou atentado?
Imagem: foto de James Simpson, para o Departamento de Defesa dos EUA, durante encontro com oficiais americanos, em 1985
18 de Out. de 1915
Nasce Grande Otelo
O ator, batizado como Sebastião Bernades de Souza Prata, nasceu em Uberlândia (MG). Interpretou papéis consagrados na televisão, teatro e cinema, onde teve participação em mais de sessenta filmes, incluindo o personagem principal em “Macunaíma”, de 1969. Veja um trecho desse clássico do Cinema Novo, dirigido por Joaquim Pedro de Andrade e baseado na obra homônima do modernista Mário de Andrade.
Imagem: caricatura liberada para uso sob licença Creative
16 de Out. de 1986
O escritor Wole Soyinka recebe o Nobel de Literatura
Primeiro escritor africano a receber o Nobel de Literatura, o nigeriano Wole Soyinka é da etnia iorubá. Estudou na University College, da Nigéria, e na University of Leeds, da Inglaterra. Na volta ao seu país de origem, lecionou em várias universidades e foi preso por sua atuação política, durante 22 meses, entre 1967 e 1969.
Imagem: foto de Jean-Marc Ferre, do acervo da United Nations Photo, retirado da galeria do Flickr sob licença Creative Commons
Primeiro escritor africano a receber o Nobel de Literatura, o nigeriano Wole Soyinka é da etnia iorubá. Estudou na University College, da Nigéria, e na University of Leeds, da Inglaterra. Na volta ao seu país de origem, lecionou em várias universidades e foi preso por sua atuação política, durante 22 meses, entre 1967 e 1969.
Imagem: foto de Jean-Marc Ferre, do acervo da United Nations Photo, retirado da galeria do Flickr sob licença Creative Commons
16 de Out. de 1984
Desmond Tutu recebe o Prêmio Nobel da Paz
Pela sua luta contra o Apartheid, o arcebispo anglicano Desmond Tutu recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Nascido na África do Sul, filho do professor Zacheriah Zililo Tutu e da cozinheira Aleta, Tutu foi o primeiro negro a ser nomeado decano da Catedral de Santa Maria, no ano de 1975, em Johannesburgo. Na mesma época do Nobel, em 1984, foi eleito arcebispo de Johannesburgo e, depois, da Cidade do Cabo. Assista aqui o seu discurso no simpósio do centanário do Prêmio Nobel, em dezembro de 2001.
Imagem: foto de Benny Gool sob domínio público no Wikimedia
Pela sua luta contra o Apartheid, o arcebispo anglicano Desmond Tutu recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Nascido na África do Sul, filho do professor Zacheriah Zililo Tutu e da cozinheira Aleta, Tutu foi o primeiro negro a ser nomeado decano da Catedral de Santa Maria, no ano de 1975, em Johannesburgo. Na mesma época do Nobel, em 1984, foi eleito arcebispo de Johannesburgo e, depois, da Cidade do Cabo. Assista aqui o seu discurso no simpósio do centanário do Prêmio Nobel, em dezembro de 2001.
Imagem: foto de Benny Gool sob domínio público no Wikimedia
15 de Out. de 1938
Nasce Fela Kuti
Compositor e músico nigeriano, Fela Kuti nasceu em Abeokuta, no Estado de Ogun. Ativista político, Fela é reconhecido como o pai do Afrobeat, uma combinação de yorubá, jazz, highlife e funk com a percussão africana. Morreu em agosto de 97. Em 2011, o historiador e escritor cubano Carlos Moore lançou no Brasil a biografia do artista, “Fela. Esta vida puta”, pela editora Nandyala.
Imagem: retirada da capa do livro “Fela. Esta vida puta”, de Carlos Moore, criada por Heriberto Cogollo.
Compositor e músico nigeriano, Fela Kuti nasceu em Abeokuta, no Estado de Ogun. Ativista político, Fela é reconhecido como o pai do Afrobeat, uma combinação de yorubá, jazz, highlife e funk com a percussão africana. Morreu em agosto de 97. Em 2011, o historiador e escritor cubano Carlos Moore lançou no Brasil a biografia do artista, “Fela. Esta vida puta”, pela editora Nandyala.
Imagem: retirada da capa do livro “Fela. Esta vida puta”, de Carlos Moore, criada por Heriberto Cogollo.
14 de Out. de 1964
Martin Luther King Jr. ganha o Prêmio Nobel
O ativista político e líder do movimento pelos direitos civis dos negros nos EUA foi o mais jovem ganhador do Prêmio Nobel da Paz, aos 35 anos. No ano anterior, fez um dos mais famosos discursos do século XX, para mais de 200 mil pessoas, no Lincoln Memorial, em Washington D.C. Luther King morreu assassinado, 4 anos depois de ganhar o prêmio, num quarto de hotel, na cidade do Memphis, no Estado do Tennessee.
Imagem: foto de Dick DeMarsico cedida para Library of Congress
O ativista político e líder do movimento pelos direitos civis dos negros nos EUA foi o mais jovem ganhador do Prêmio Nobel da Paz, aos 35 anos. No ano anterior, fez um dos mais famosos discursos do século XX, para mais de 200 mil pessoas, no Lincoln Memorial, em Washington D.C. Luther King morreu assassinado, 4 anos depois de ganhar o prêmio, num quarto de hotel, na cidade do Memphis, no Estado do Tennessee.
Imagem: foto de Dick DeMarsico cedida para Library of Congress
12 de Out. de 1944
Fundado o Teatro Experimental do Negro
O TEN foi fundado por Abdias do Nascimento, no Rio de Janeiro. Saiba mais sobre a formação do grupo nesse texto do Itaú Cultural.
Imagem: elenco da peça “O filho pródigo”, de 1947
O TEN foi fundado por Abdias do Nascimento, no Rio de Janeiro. Saiba mais sobre a formação do grupo nesse texto do Itaú Cultural.
Imagem: elenco da peça “O filho pródigo”, de 1947
11 de Out. de 1908
Nasce Cartola
O compositor Agenor de Oliveira, mais conhecido como Cartola, nasceu na cidade do Rio de Janeiro. Foi autor de alguns dos maiores clássicos da Música Popular Brasileira como “As rosas não falam”, “O mundo é um moinho” e “O sol nascerá”, que você pode relembrar nesse vídeo do programa Ensaio, apresentado pela TV Cultura em 1974.
Imagem: ilustração de Amanda Duarte, publicada com autorização da autora. Conheça o seu blog.
O compositor Agenor de Oliveira, mais conhecido como Cartola, nasceu na cidade do Rio de Janeiro. Foi autor de alguns dos maiores clássicos da Música Popular Brasileira como “As rosas não falam”, “O mundo é um moinho” e “O sol nascerá”, que você pode relembrar nesse vídeo do programa Ensaio, apresentado pela TV Cultura em 1974.
Imagem: ilustração de Amanda Duarte, publicada com autorização da autora. Conheça o seu blog.
9 de Out. de 1853
Nasce José do Patrocínio
O líder abolicionista, jornalista e escritor, filho de Justina do Espírito Santo, fundou a “Sociedade Brasileira Contra a Escravidão”, junto com Joaquim Nabuco, em 1880, e redigiu o “Manifesto da Confedereção Abolicionista”, em 1883. Nasceu na cidade de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro
O líder abolicionista, jornalista e escritor, filho de Justina do Espírito Santo, fundou a “Sociedade Brasileira Contra a Escravidão”, junto com Joaquim Nabuco, em 1880, e redigiu o “Manifesto da Confedereção Abolicionista”, em 1883. Nasceu na cidade de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro
4 de Out. de 1951
Morre Henrietta Lacks
A afroamericana Henrietta Lacks morreu de câncer. Suas células, denominadas como “HeLa” pelos cientistas, foram retiradas do seu corpo quando ela ainda era viva e sem seu consentimento, para uso em pesquisas. Ficaram famosas mundialmente ao se tornarem uma das ferramentas mais importantes para o desenvolvimento de diversas vacinas utilizadas na medicina moderna. Veja mais sobre a sua incrível história no livro de Rebecca Skloot, publicado no Brasil pela Companhia das Letras.
Imagem: detalhe da capa do livro “A vida imortal de Henrietta Lacks”, criada por Luciana Facchini para Companhia das Letras
A afroamericana Henrietta Lacks morreu de câncer. Suas células, denominadas como “HeLa” pelos cientistas, foram retiradas do seu corpo quando ela ainda era viva e sem seu consentimento, para uso em pesquisas. Ficaram famosas mundialmente ao se tornarem uma das ferramentas mais importantes para o desenvolvimento de diversas vacinas utilizadas na medicina moderna. Veja mais sobre a sua incrível história no livro de Rebecca Skloot, publicado no Brasil pela Companhia das Letras.
Imagem: detalhe da capa do livro “A vida imortal de Henrietta Lacks”, criada por Luciana Facchini para Companhia das Letras
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