quarta-feira, 8 de maio de 2019

NOTA POLÍTICA
LULA LIVRE E ESQUERDA UNIDA POR UM BRASIL QUE TEM QUE DAR CERTO.




Hoje li o artigo do Advogado Maurício Rands, figura que admiro e ele já começa com uma afirmação que não gosto: “O Brasil até hoje não deu certo”. Arre! bateu fundo especialmente quando percebo a luta que alguns de nós enfrenta para sobreviver, realmente fico tentada a aceitar esta afirmativa, justamente se foco, como Rands selecionou serviços públicos péssimos,corrupção que desvia recursos, a burocracia do estado impedindo a produtividade e o desenvolvimento, falta de clareza de projeto de governo, de oposição organizada e consistente,partidos enraizados nas lutas do povo e com líderes que entendam seus problemas. A c e i t o. Mas vamos à entrevista do Lula que, como escreveu o Rands, “seu governo teve o mérito de universalizar as políticas sociais e priorizar a erradicação da pobreza.”

Opa! agora vamos começar a entender porque a prisão não ajudou o ex-presidente a “evoluir seu pensamento...”. Nunca fui presa, nunca fui presidenta de um país cuja elite nunca deixou de querer manipular todos os eixos da nação e que nunca aceitou ser isolada diante dos destinos desse povo, que segundo Rands, num Brasil “que até hoje não deu certo.”

Verdade Rands… até ontem… porque hoje o país está cada vez mais afundado diante das loucuras de um eleito que talvez nem saiba o que significa trabalho, economia, pobreza e ameaça, entre outros absurdos, com a tentativa de ter uma Previdência destroçada pelas aves de rapina, numa tentativa feroz de escravizar cada vez mais a maioria da população deste país. Realmente, “o povo continua a sofrer”, apesar da pausa, pequena é verdade, no governo Luiz Inácio Lula da Silva,depois de mais de quinhentos anos sem qualquer avanço.

Realmente o povo “continua a sofrer” e a trégua dada durante o insubordinado Lula, foi muito pequena diante de “entos” anos de “sofrência” dos brasileiros, entre eles especialmente os mais pobres, até porque os outros esquecem facilmente como fizeram agora na última eleição, dispensando candidatos como Ciro e Haddad.
Mas tem uma afirmação sua Rands, que doeu de verdade: “Mas o que se viu foi mais do mesmo. Ele (Lula) reiterou sua inocência, com respostas vagas mas segue “se dizendo vítima de uma conspiração”, aproveitando-se da “fragilidade técnica e da parcialidade de Moro e Dallagnoll”. Pobrezinhos! Obrigada por ratificar meu pensamento sobre a “fragilidade técnica e parcialidade” dos togados de Curitiba.

Rands, um homem como Lula, que você conhece muito bem, forjado na luta, depois de um ano silencioso sem chance de comunicação com o povo, desde sua origem em Caetés, ao chão de fábricas com os compas operários como ele e daí passando por alhos e bugalhos, apenas com sua voz, chegou à Presidência e ao reconhecimento de MELHOR PRESIDENTE, mesmo com todas as fragilidades culturais que a sociedade culta possa exigir dele. Isso nem você pode negar!
Sim… ele não falou da Dilma. Ela já foi sacaneada demais apesar de minhas divergências com suas atitudes políticas até porque nem simpatizo com ela, mas acusá-lo agora do que não foi feito como por exemplo a “regulamentação da mídia?” uma luta que empreendemos durante todo o govêrno e não conseguimos, mas será que a culpa foi apenas dele? E todos os que estavam mais próximos de nós como deputados e senadores que nem nos recebiam para tratar do assunto. Vou falar apenas disso porque não posso revidar tudo que está exposto no seu artigo, até porque meu desejo é ve-lo livre.

Livre para responder as importantes perguntas que você faz em seu artigo o que transcrevo porque muitos não terão a magnífica chance ler. Deixo todas as perguntas feitas por você e só quero dizer uma coisa: somos seres de esquerda, queremos respostas e desejamos saber de tudo exatamente como você diz a seguir e deixo entre aspas.

“Que tal se ele admitisse ter desperdiçado a oportunidade para fazer as reformas estruturais do estado, da política, do sistema financeiro e da economia? E se admitisse que pouco fez para mudar um ambiente de negócios que penaliza a produção? E que nada fez para tornar a máquina burocrática menos pesada à população? E que não reduziu os velhos privilégios dos que aparelham o estado? E que a ‘nova matriz econômica’ foi responsável pela maior recessão que o Brasil já teve, por 14 milhões de desempregados, e pelo derretimento de avanços sociais que ele próprio ajudara a conquistar? E se admitisse que seu governo ampliou uma corrupção que sempre existiu? E que errou ao eleger Dilma pensando em retomar a cadeira quatro anos depois? E que em 2018 não teve humildade para apoiar um candidato do campo democrático-progressista que não fosse de um PT que então já era rejeitado por 2/3 do eleitorado?”

Vamos ter todas as respostas, finalmente sem intermediários, desde que continuemos a lutar pela sua liberdade.LULA LIVRE!

Maristela Farias
Jornalista DRT 1778/PE

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