sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

LÍDERES DO MUNDO INTEIRO ESPERADOS PARA O FUNERAL DE MANDELA

Joanesburgo, 06/12 - A África do Sul espera receber os chefes de Estado do mundo inteiro para o funeral de Nelson Mandela, que recebeu homenagens unânimes, tanto da China quanto do Dalai Lama, de Teerão e Washington.

 
 



 
NELSON MANDELA - EX PR DA ÁFRICA DO SUL
FOTO: AFP
Os preparativos para o funeral de Estado do herói da África do Sul começaram nesta sexta-feira, enquanto a  cerimónia nacional em memória do ex-presidente sul-africano, falecido quinta-feira aos 95 anos, será realizada em 10 de Dezembro no estádio de Soweto e o seu sepultamento acontecerá no dia 15, na aldeia de Qunu (sul), anunciou nesta sexta-feira o presidente Jacob Zuma.
Enquanto isso,  no Soweto, antigo gueto negro, um dos símbolos da luta contra o regime segregacionista do apartheid, a população saiu às ruas para agradecer ao ex-presidente sul-africano.
"Em nossa cultura, os homens não choram, mas esta noite derramei uma lágrima. É o pai de nossa nação", declarou Siyabulela Mfazwe, de 30 anos.
Muitos sul-africanos estão aliviados com a morte serena, após uma longa agonia, de Mandela, um herói nacional no país e uma figura mundial da paz e da reconciliação.
Em Londres, Reino Unido,  Bono, cantor da banda irlandesa U2 e activista pela África, afirmou nesta sexta-feira que o líder sul-africano Nelson Mandela nasceu "para dar uma lição de humildade".
"Foi como se tivesse nascido para dar nesta época uma lição de humildade, com humor e, acima de tudo, com paciência", afirmou num comunicado.
"Mandela colocou  a  sua família, o seu país e a sua vida na primeira linha, e ganhou a maioria dos duelos", acrescentou.
"Hoje, finalmente, fechou os olhos. E choramos sabendo que nossos olhos estão abertos graças a ele", concluiu o músico.
Em Paris, onde decorre a Cimeira França-África,  pelo menos 40  dirigentes africanos, de luto pelo falecimento de Nelson Mandela,  reúnem-se nesta sexta-feira em Paris, numa reunião que tem como tema central a segurança, no mesmo dia em que a França iniciou a operação na República Centro-Africana, sua segunda intervenção militar no continente em menos de um ano.
A morte na quinta-feira de Mandela vai dominar esta cimeira, proposta há tempos pelo presidente francês, que homenageará o líder sul-africano durante a abertura dos trabalhos no palácio presidencial do Eliseu.
"A sua morte vai pesar sem dúvida na cúpula, mas os temas que defendeu, paz e segurança, farão com que seja um grande momento para a busca de acordos e para assumir responsabilidades", declarou à AFP o presidente congolês Denis Sassou Nguesso.
No Vaticano, o papa Francisco prestou emotiva homenagem nesta sexta-feira ao ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, falecido na véspera, por ter criado uma nova África do Sul.
Um telegrama enviado ao presidente da África do Sul, Jacob Zuma, o Papa destacou "o compromisso constante mostrado por Nelson Mandela para promover a dignidade humana de todos os cidadão da região e de construir uma nova África do Sul baseada no firme alicerce da não-violência, da reconciliação e da verdade".

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