sábado, 14 de dezembro de 2013

MARTIN LUTHER KING MARCOU A LUTA PELOS DIREITOS CIVIS NOS ESTADOS UNIDOS



Num momento de grande debate sobre ações afirmativas, a ‘Ciência Hoje On-line’ relembra um personagem que marcou a luta pelos direitos civis nos Estados Unidos e no mundo. Em 4 de abril de 1968, morria assassinado o líder negro Martin Luther King Jr., após mais de uma década dedicada ao combate ao racismo e à intolerância.

Pastor da igreja protestante batista, ele não utilizou a religião como instrumento de segregação e disseminação de ódio. Ao contrário, com uma campanha de não violência e de amor ao próximo, reuniu a força da igreja protestante e dos movimentos ativistas norte-americanos para conquistar importantes vitórias no campo político e social.

King era seguidor das ideias de desobediência civil não violenta do líder indiano Mahatma Gandhi – e as aplicava em protestos e marchas pela defesa do direito ao voto, pelo fim da segregação e por outros direitos civis básicos, que ajudou a organizar por todo o país. Previu, acertadamente, que as manifestações pacíficas, atacadas de modo violento por autoridades racistas e com ampla cobertura da mídia, mobilizariam a opinião pública em favor do cumprimento dos direitos civis.

Em uma de suas primeiras batalhas, ainda em 1955, coliderou um boicote de mais de um ano aos ônibus locais quando Rosa Parks, uma mulher negra, foi presa por se negar a dar seu lugar num ônibus para uma branca. A ação lhe rendeu ameaças, prisões e até ataques a sua casa, mas acabou por tornar ilegal a discriminação racial no transporte público. Outro momento marcante foi a manifestação que reuniu mais de 200 mil pessoas em Washington, em 1963, quando proferiu seu famoso discurso ‘I Have a Dream’: "Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados pelo caráter, e não pela cor da pele.” Exatos 50 anos depois, a mensagem não poderia ser mais atual.

Em 1964, o ativista se tornou a pessoa mais jovem a receber o Premio Nobel da Paz. Depois disso, ainda atuou no combate à pobreza e contra a Guerra do Vietnã. Odiado pelos segregacionistas, foi assassinado em 1968, momentos antes de uma marcha na cidade de Memphis. Além de diversos prêmios póstumos recebidos do governo norte-americano, em sua homenagem foi criado, em 1986, nos Estados Unidos o Dia de Martin Luther King, feriado que só em 1993 passou a ser cumprido em todos os estados do país.

Duas curiosidades ligadas ao líder norte-americano: foi numa das marchas mais importantes de sua vida, em 1965, que o então futuro líder dos Panteras Negras, Stokely Carmichael, cunhou a expressão ‘Black Power’. King também ajudou a convencer a atriz negra do seriado ‘Jornada nas estralas’ (‘Star trek’) original, Nichelle Nichols, a continuar no programa quando ela ameaçou largar o papel, ressaltando a importância para os negros de uma representante num dos programas mais populares da televisão.

Nenhum comentário: