Ativistas temem que inexperiência da companhia em projetos do gênero possa estar causando danos
irreversíveis à pirâmide de Djoser, que tem mais de 4600 anos
Aprimeira grande construção de pedra erguida pela humanidade pode estar ameaçada no Egito. Ao menos é o que defendem ativistas do movimento local Non-Stop Robberies: eles afirmam que a empresa Shurbagy, contratada pelo Ministério das Antiguidades egípcio para restaurar a pirâmide de Djoser (a mais antiga da história), não tem qualquer experiência neste tipo de projeto. E dizem mais – segundo o grupo, ao invés de fazer a reconstrução que prometeu, a companhia tem deteriorado ainda mais a estrutura que data do século 27 a.C. com técnicas controversas que contradizem todos os parâmetros internacionais de restauração.
“Tecnicamente, a empresa e os oficiais do Supremo Conselho de Antiguidades cometeram um verdadeiro crime”, disse o líder do movimento Amir Gamal ao Egypt Independent. “Novas paredes foram construídas na parte externa da pirâmide como se ela fosse uma estrutura moderna, o que se opõe aos padrões internacionais de restauração, que previnem contra a adição de mais de 5% de construção às antiguidades”, acrescentou. O ativista alerta que as novas obras estão acrescentando uma grande pressão às pedras calcárias já deterioradas, e que isso pode provocar uma catástrofe.
A pirâmide de Djoser, de 62 metros de altura, é formada por seis desníveis, ou “degraus”, e fica no complexo funerário de Saqqara, trinta quilômetros ao sul de Cairo. O túmulo do faraó de mesmo nome foi projetado por Imhotep, primeiro engenheiro da história. Além de sofrer com a ação do tempo, ela ainda foi severamente comprometida por um terremoto em 1992. De acordo com o Non-Stop Robberies, desde que a Shurbagy assumiu o processo de restauração em 2006, nenhum avanço foi registrado.
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