| 26 AGOSTO 2013
ARTIGOS - CULTURA
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O artigo, na verdade, toma um fato simples, ocorrido na infância de Albert Schweitzer, e extrai daí consequências morais aplicáveis a qualquer existência humana. O pequeno Albert tinha 3 anos e brincava no jardim quando veio uma abelha e lhe picou o dedo. O menino começa a chorar; os pais e vizinhos vêm socorrê-lo. De repente, Albert percebe que a dor já passou e que está chorando só para atrair a atenção dos outros. Esse é um momento-chave para a vida intelectual de qualquer pessoa: o momento em que se descobre uma verdade que não pode ser testemunhada por mais ninguém – a não ser o indivíduo e Deus.
Depois vim a saber quem era Albert Schweitzer: teólogo, músico, médico, escritor, Nobel da Paz. O homem que deixou uma vida de fama e glória – era um dos mais importantes intérpretes de Bach no seu tempo – para construir um hospital filantrópico na África. Pois esse ser humano admirável sob todos os aspectos continuava a sentir vergonha daquelas lágrimas falsas, décadas depois de um acontecimento que só ele testemunhou!
Idiota é aquele indivíduo que não consegue encarar a verdade essencial sobre si mesmo e fica remoendo seus autoenganos e culpas até a morte. Enfraquecido pela mentira, ele acaba sendo alvo fácil para os movimentos ideológicos que envenenam o nosso tempo. O idiota vira idiota útil: é o que vemos se espalhar como epidemia no Brasil. Epidemia da idiotia.
No meu caso pessoal, posso dizer que a abelha teve três nomes: materialismo, ateísmo e comunismo. Apesar de ser o regime mais assassino que já existiu sobre a face da Terra, o comunismo sobrevive – sob as mais diferentes formas e disfarces, até mesmo ecológicos e religiosos – porque atende a um dos mais importantes anseios do homem: o sonho de fazer parte de algo maior, melhor e mais forte que a mera individualidade. Ora, esse algo maior e melhor a humanidade já conhece há dois mil anos: é o Cristo.
Para chegar a essa verdade simples, foi preciso que algumas pessoas, entre elas Olavo de Carvalho, me sacudissem com força, dizendo: “Ei, Paulo, pare de chorar!”
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