Informações provenientes de vários textos antigos da literatura iogue indiana falam a respeito da existência de centros de energia especiais no interior do nosso corpo sutil. Diz-se que esses centros de energia, denominados “chakras” — que em sânscrito significa “círculo” — assemelham-se a vórtices rodopiantes de energias sutis.
Os chakras estão de alguma forma envolvidos na captação das energias superiores e na sua transmutação numa forma utilizável na estrutura humana. Os cientistas ocidentais recentemente voltaram suas atenções para a compreensão e a validação dessas estruturas até então não reconhecidas. No passado, os chakras e os meridianos foram ignorados pelos cientistas ocidentais, que os tinham na conta de construções mágicas produzidas por pensadores orientais primitivos e ingênuos. Atualmente, porém, a existência dos chakras e dos meridianos acupunturais está finalmente sendo confirmada, graças ao desenvolvimento de tecnologias de energia sutil que podem detectar sua presença e mensurar suas funções.
Do ponto de vista fisiológico, os chakras parecem estar envolvidos com o fluxo de energias superiores para as estruturas celulares do corpo físico através de canais específicos de energia sutil. De certa forma, eles parecem atuar como transformadores de energia, reduzindo sua forma e frequência para adequá-las ao nível de energia imediatamente inferior. A energia, por sua vez, é traduzida em alterações hormonais, fisiológicas e, finalmente, celulares por todo o corpo. Parece haver pelo menos sete grandes chakras associados ao corpo físico.
Anatomicamente, cada grande chakra está associado a um grande plexo nervoso e a uma glândula endócrina. Os grandes chakras estão situados numa linha vertical que sobe da base da espinha até a cabeça. O mais baixo, chamado de chakra raiz, fica perto do cóccix. O segundo chakra, chamado de chakra sacral ou esplênico, situa-se ou logo abaixo do umbigo ou próximo ao baço. Na verdade, esses são dois chakras diferentes, embora ambos tenham recebido a denominação de segundo chakra por parte de diferentes escolas de pensamento esotérico. O terceiro chakra, o do plexo solar, situa-se na metade superior do abdômen, abaixo da ponta do esterno. O quarto, também conhecido como chakra do coração, pode ser encontrado na parte média do esterno, diretamente sobre o coração ou o timo. O quinto chakra, o da garganta, localiza-se no pescoço, próximo ao pomo de Adão. O chakra da garganta fica diretamente sobre a tireóide e a laringe. O sexto chakra, o da testa, chamado de chakra ajna nos textos iogues, situa-se na parte média da fronte, ligeiramente acima do cavalete do nariz. O sétimo chakra está localizado no alto da cabeça.
Alguns textos esotéricos mencionam a existência de doze grandes chakras. Além dos sete acima mencionados, existem dois na palma das mãos, dois na sola dos pés, e um associado à medula espinal e ao mesencéfalo. Existem também numerosos chakras secundários associados às principais articulações do corpo, tais como os joelhos, os tornozelos, os cotovelos, etc. Se contarmos todos os chakras principais e secundários, poderá haver pouco mais de 360 chakras no corpo humano.
Sabe-se também que cada um dos sete grandes chakras está associado a um determinado tipo de capacidade de percepção psíquica. Isto traz à baila o fato de os chakras também terem a função de ser uma espécie de órgão sutil de percepção psíquica.
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