DESCULPEM,MAS NÃO PODEMOS MAIS PERMITIR TAIS HORRORES (MF)
O denominado Massacre de Manila faz referência às atrocidades cometidas na cidade de Manila em fevereiro de 1945 contra civis filipinos por tropas japonesas em retirada no final da Segunda Guerra Mundial. Diversas fontes estimam o número de vítimas em pelo menos 100.000 pessoas.
Trata-se de um acontecimento só comparável aos massacres da Guerra filipino-norte-americana (1899-1913), e um dos maiores crimes de guerra cometidos pelo Exército Imperial Japonês desde a invasão de Manchúria em 1931 até o final da Segunda Guerra Mundial.
Uma filipina ferida a golpes de baionetas de soldados japoneses, por resistir ao estupro
Em fevereiro de 1945, talvez tomando como modelo o exemplo de Stalingrado, unidades japonesas, em especial marinheiros, sob o comando do Contra-almirante Sanji Iwabuchi fortificaram a parte sul da cidade, superpovoada, e decidiram se entrincheirar ante a chegada de três divisões norte-americanas.
Uma filipina estuprada teve os seus mamilos mutilados
Os soldados e marinheiros japoneses atacaram os refugiados filipinos que, do sul do rio Pásig, fugiam sem controle ante a iminência da batalha e que se colocavam além disso, ao alcance da artilharia aliada. Os norte-americanos, sem poupar poderio de fogo, utilizando artilharia e aviões para abrir passo, teria lançado cerca de 16 mil bombas, produzindo assim numerosíssimas vítimas civis.
Esta mulher foi esfaqueada nas costas com baionetas ao tentar resistir ao estupro
Os japoneses lutavam em primeira linha a partir de cada casa ou inclusive dos esgotos, de onde eram retirados com lança-chamas ou granadas. Os norte-americanos iam passo a passo, libertando edifício a edifício. Atrás, em algumas zonas da cidade, em certo momento os japoneses perderam a cabeça ao direcionar de forma atroz os seus ataques contra os próprios civis. Ao final, um grupo de japoneses tomou a três mil reféns, conduziu-os a um local afastado e assassinou a um terço deles. A batalha durou cerca de um mês, até que MacArthur entrou na cidade em 27 de fevereiro.
Esta mulher teve os lábios cortados fora pelos japoneses
A batalha começou com um ataque surpresa norte-americano pelo norte, para libertar aos detentos no campo de internamento da Universidade de Santo Tomás. Foi um sucesso que conduziu a Douglas MacArthur a anunciar a libertação de Manila; inclusive chegou a pensar em fazer uma marcha vitoriosa pela cidade. Finalmente, esta marcha não chegou a se realizar, para sorte de MacArthur, já que os massacres do resto da cidade automaticamente relacionaria o seu nome com um desnecessário derramamento de sangue.
Duas filipinas esfaqueadas por tentarem resistir ao estupro
Depois de ter tomado o bairro de Espanha, os ataques norte-americanos foram reduzidos pela crescente resistência nipônica, aumentada por um caos cada vez maior. A violência e as matanças começaram pelos prisioneiros políticos em Forte Santiago no mesmo dia da libertação; além disso, seguiu com assassinatos indiscriminados ao longo do mês inteiro que demorou para a cidade se libertar dos soldados japoneses.
Soldado dos Estados Unidos carregando uma filipina ferida
A tão ansiada notícia da libertação chegou no dia 3 de março, um mês após o primeiro dos ataques, mas o final da guerra demorou algum tempo em chegar. Manila se converteu na segunda cidade mais bombardeada daqueles anos, atrás de Varsóvia, e a libertação foi bem mais amarga do que ninguém jamais esperou, já que os danos à população civil foram incomensuráveis.
Neste fragmento de história conta-se com a importante declaração de um homem que vivenciou em primeira pessoa. O padre Juan Labrador, diretor do colégio San Juan Letrán, expressou com claríssima ironia: “Temiam-se atos de barbárie, mas não matanças por atacado”.
Tropas japonesas na capital Manila, fizeram uma matança desenfreada de mulheres e crianças
A culpa da barbárie recai sobre o almirante Iwabuchi Sanji, por ter desobedecido as ordens do general Yamashita de evacuar a zona e resistir nas montanhas ao nordeste de Manila. Iwabuchi não sobreviveu, com o qual resultou difícil entender as razões que o levaram a desobedecer. Unicamente a lógica militar e a psicologia de alguns soldados que achavam estar enfrentando a sua última batalha, podem explicar esta atuação desesperada de arrastar ao pior dos finais, ao maior número de vítimas possíveis.
Poderiam ter-se rendido para saírem vivos, mas esta alternativa não foi considerada como possível; a grande maioria dos soldados morreu na luta, no qual, o seu governo havia proclamado como a melhor forma de proclamar a independência nacional. De um modo ou outro, esta foi uma situação desesperada que não consegue explicar as matanças daquele fatídico mês .
Ao comando norte-americano, recai uma parte da culpa, já que à sua pressa provocou uma precipitada manobra que impediu aos soldados imperiais, terem uma via de escape. Enquanto a cidade era bombardeada indiscriminadamente, os seus habitantes continuavam dentro da cidade, sem possibilidade de serem evacuados. Além disso, depois dos primeiros ataques, foi produzida uma pausa que permitiu aos soldados norte-americanos assaltar livremente aos indefesos cidadãos.
O comportamento das tropas norte-americanas não parece do todo inexplicável. Só tiveram umas mil baixas na batalha. Por outra parte preferiu bombardear e esperar o esgotamento dos soldados japoneses. A preocupação principal foi a de salvar as suas próprias vidas, importando-se menos com as dos residentes.
Este filipino foi morto com as mão amarradas
Filipinos mortos
Civis como o desta imagem, foram brutalmente queimados até a morte
Tropas japonesas se preparam para uma execução em Manila
Chacinados pelos japoneses em um local público de Manila
Filipinos que foram massacrados pelos japoneses
Crianças sobreviventes da guerra
China.com
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