O reverendo americano Jesse Jackson, renomado ativista dos direitos civis, 72, disse, em debate no festival Back2Black, na noite do último sábado (16), que o Brasil terá um presidente negro "em breve" e sugeriu que o cantor Gilberto Gil, com quem dividia o palco, se candidatasse ao cargo.
"Vai haver um presidente afro no Brasil em breve, ainda no nosso tempo de vida, porque o país tem uma consciência negra, da maioria da população, que só precisa ser mobilizada por um candidato", afirmou Jackson, durante a conferência "A Democratização e o Desenvolvimento da África", que foi mediada pelo escritor angolano José Eduardo Agualusa e contou com a participação de Gilberto Gil.
"Você não sabe a chance que tem até colocar seu nome na disputa. Vejam a campanha do Lula, ninguém achava que um líder sindical poderia ser eleito presidente. Um candidato afro-brasileiro pode inspirar pessoas que talvez nem estivessem votando", disse o reverendo, virando-se para Gil e sugerindo que ele se lançasse candidato.
"Se não for eu, será algum outro", respondeu o cantor, sem se prolongar no tema. Depois, falando à Folha, Gil disse não fazer ideia se poderia ser candidato.
"Não cogito, mas não sei nada do dia de amanhã. Se o destino brasileiro indicar que, por alguma razão, deverei ser candidato à Presidência da República, num dia desses...", disse, antes de ponderar que já estaria "velho para isso". "Estou com 71 anos, não tenho ambição política no sentido clássico, mas ninguém sabe."
Fonte: Correio Nagô
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