Muito justo (Maristla Farias)
Imagem: Caio Guatelli / Folhapress |
Parlamentares italianos começam
a avaliar como poderão condicionar uma investigação sobre o ex-diretor do Banco
do Brasil, Henrique Pizzolato, e mesmo sua eventual extradição ao caso de Cesare
Battisti, foragido da Justiça daquele país que vive como exilado no Brasil.
Fontes governamentais em Roma confirmaram ao Estado que a fuga de Pizzolato já entrou na agenda política e que a tendência é de que o governo dê uma resposta ao Brasil também com um "forte cunho político".
Poucos temas, no país, unem partidos com posições radicalmente opostas como o caso de Battisti. Entre a elite política italiana, a esperança é que a proteção dada no Brasil ao italiano possa um dia ser reconsiderada.
Segundo o Estado apurou, membros do Partido Democrático e do Partido do Povo da Liberdade, de Silvio Berlusconi, estariam desenhando um projeto para ser apresentado nos próximos dias para condicionar qualquer ação da Itália a uma reavaliação do asilo dado pelo Brasil a Battisti, condenado na Itália por assassinato.
Não há uma definição exata de como isso ocorreria. "O caso Battisti ainda está engasgado para muitos italianos. Não por acaso, as conversas sobre isso entre os deputados já ganhou força desde que se soube que Pizzolato estaria na Itália", indicou um representante do governo, que pediu anonimato.
Num cenário "normal", o caso de Pizzolato poderia tomar um rumo apenas legalista na Itália. De fato, Roma já prepara para o início da semana uma declaração oficial indicando que tratará do assunto a partir dos termos dos acordos assinados entre Brasil e Itália.
Pelo tratado existente entre Brasil e Itália, nenhum dos dois governos tem obrigação de extraditar uma pessoa ao outro país se ela tiver dupla cidadania. Mas isso não significa que a pessoa foragida estaria livre de qualquer processo. Segundo o acordo, de 1989, o outro governo pode abrir um processo contra o suspeito.
Mas, nos bastidores, a movimentação política já é intensa. Em Roma, a classe política considera que o caso do foragido do mensalão pode ser uma "boa oportunidade" para forçar o Brasil a rever o asilo concedido a Cesare Battisti.
Fontes governamentais em Roma confirmaram ao Estado que a fuga de Pizzolato já entrou na agenda política e que a tendência é de que o governo dê uma resposta ao Brasil também com um "forte cunho político".
Poucos temas, no país, unem partidos com posições radicalmente opostas como o caso de Battisti. Entre a elite política italiana, a esperança é que a proteção dada no Brasil ao italiano possa um dia ser reconsiderada.
Segundo o Estado apurou, membros do Partido Democrático e do Partido do Povo da Liberdade, de Silvio Berlusconi, estariam desenhando um projeto para ser apresentado nos próximos dias para condicionar qualquer ação da Itália a uma reavaliação do asilo dado pelo Brasil a Battisti, condenado na Itália por assassinato.
Não há uma definição exata de como isso ocorreria. "O caso Battisti ainda está engasgado para muitos italianos. Não por acaso, as conversas sobre isso entre os deputados já ganhou força desde que se soube que Pizzolato estaria na Itália", indicou um representante do governo, que pediu anonimato.
Num cenário "normal", o caso de Pizzolato poderia tomar um rumo apenas legalista na Itália. De fato, Roma já prepara para o início da semana uma declaração oficial indicando que tratará do assunto a partir dos termos dos acordos assinados entre Brasil e Itália.
Pelo tratado existente entre Brasil e Itália, nenhum dos dois governos tem obrigação de extraditar uma pessoa ao outro país se ela tiver dupla cidadania. Mas isso não significa que a pessoa foragida estaria livre de qualquer processo. Segundo o acordo, de 1989, o outro governo pode abrir um processo contra o suspeito.
Mas, nos bastidores, a movimentação política já é intensa. Em Roma, a classe política considera que o caso do foragido do mensalão pode ser uma "boa oportunidade" para forçar o Brasil a rever o asilo concedido a Cesare Battisti.
Jamil
Chade
O Estado de S.
Paulo
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