publicado em artes e ideias por Lara Vascouto
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Mais de 400 delas, para ser exata.
No entanto, havia uma pessoa que não estava nem um pouco feliz com toda essa riqueza de detalhes. Biagio da Cesena era mestre de cerimônias do papa, oficial responsável por supervisionar os serviços realizados na capela e garantir que as obras respeitassem a santidade do local - coisa que ele não achou que a obra de Michelangelo fazia, com todas aquelas pessoas nuas em pêlo. Infelizmente para ele, suas observações foram desconsideradas e, para piorar a situação, Michelangelo, mordido pelas críticas, retratou Biagio no afresco como Minos, o demônio responsável por julgar e receber os pecadores no Inferno - completo, com uma cobra agarrada no ding-a-ling e orelhas de burro.
Nenhuma vingança é mais doce do que imortalizar a figura do seu inimigo como um babaca nas paredes do Vaticano.
2 - Leonardo da Vinci escondeu uma melodia na obra A Última Ceia
O afresco A Última Ceia retrata Jesus e seus apóstolos aproveitando a - você adivinhou - última ceia antes que Jesus fosse preso e crucificado, de acordo com a Bíblia. É provavelmente uma das mais conhecidas obras de da Vinci, um sujeito tão genial que conseguiu se destacar em dez áreas de conhecimento diferentes (ciência, matemática, engenharia, anatomia, pintura, escultura, arquitetura, botânica, poesia e música), além de ter ganhado a fama de fazer de suas obras elaborados Jogos dos 7 Erros, escondendo pequenos segredos aqui e acolá.
Não, nenhum deles é o fato de que Jesus Cristo era casado e teve filhos com Maria Madalena.
Em 2007, o técnico de computação italiano Giovanni Maria Pala afirmou ter descoberto um deles. Ao desenhar cinco linhas de partitura sobre a imagem, Pala descobriu que os pedaços de pão e as mãos de Jesus e dos apóstolos no afresco se alinham como notas musicais. Tocadas da direita para a esquerda, como era hábito de da Vinci, o arranjo faz sentido musicalmente e soa solene, como um canto de réquiem. Especialistas nas obras de Leonardo dizem que a teoria é plausível, dado que o artista também era um músico talentoso.
Então, basicamente, da Vinci fez uma trilha sonora para uma de suas pinturas. Gênio.
1 - Rafael Sanzio retratou seus colegas renascentistas como personagens históricos, na obra Escola de Atenas (e ofereceu uma prévia da Basílica de São Pedro 100 anos antes de ela ficar pronta)
Escola de Atenas é um dos trabalhos mais conhecidos do famoso artista renascentista Rafael Sanzio. Composto de quatro afrescos principais, o painel retrata quatro ramos distintos do conhecimento - a Filosofia, a Poesia, a Teologia e o Direito. Em cada um dos afrescos, são retratadas diferentes figuras do conhecimento - como Sócrates, Platão e Pitágoras - e muitos deles recebem emprestado as feições de alguns camaradas renascentistas de Rafael.
A identidade das figuras não foi confirmada por Rafael e, por esse motivo, existem diversas hipóteses para cada uma delas (apesar de a presença de Aristóteles e Platão ser certa). De acordo com a interpretação mais aceita, a numeração acima mostra duas vezes o próprio Rafael (em 3 e 20), Michelangelo (em 13), Leonardo Da Vinci (em 14), Giuliano da Sangallo (em 15), Donatello (em 17), Donato Bramante (em 18) e Baldassare Castiglione (em 19).
Além de incluir seus colegas no afresco, Rafael fez mais ainda. De acordo com o pintor Giorgio Vasari, Donato Bramante - o arquiteto responsável pela reconstrução da Basílica de São Pedro, no Vaticano - ajudou Rafael na arquitetura do prédio do afresco e há quem diga que ele passou para o pintor o modelo que havia criado para a reconstrução da basílica. Se isso for verdade, Bramante escondeu no trabalho de Rafael uma prévia de uma obra que só ficaria pronta dali a 100 anos. Sinceramente, gênio é pouco.
Mais de 400 delas, para ser exata.
No entanto, havia uma pessoa que não estava nem um pouco feliz com toda essa riqueza de detalhes. Biagio da Cesena era mestre de cerimônias do papa, oficial responsável por supervisionar os serviços realizados na capela e garantir que as obras respeitassem a santidade do local - coisa que ele não achou que a obra de Michelangelo fazia, com todas aquelas pessoas nuas em pêlo. Infelizmente para ele, suas observações foram desconsideradas e, para piorar a situação, Michelangelo, mordido pelas críticas, retratou Biagio no afresco como Minos, o demônio responsável por julgar e receber os pecadores no Inferno - completo, com uma cobra agarrada no ding-a-ling e orelhas de burro.
Nenhuma vingança é mais doce do que imortalizar a figura do seu inimigo como um babaca nas paredes do Vaticano.
2 - Leonardo da Vinci escondeu uma melodia na obra A Última Ceia
O afresco A Última Ceia retrata Jesus e seus apóstolos aproveitando a - você adivinhou - última ceia antes que Jesus fosse preso e crucificado, de acordo com a Bíblia. É provavelmente uma das mais conhecidas obras de da Vinci, um sujeito tão genial que conseguiu se destacar em dez áreas de conhecimento diferentes (ciência, matemática, engenharia, anatomia, pintura, escultura, arquitetura, botânica, poesia e música), além de ter ganhado a fama de fazer de suas obras elaborados Jogos dos 7 Erros, escondendo pequenos segredos aqui e acolá.
Não, nenhum deles é o fato de que Jesus Cristo era casado e teve filhos com Maria Madalena.
Em 2007, o técnico de computação italiano Giovanni Maria Pala afirmou ter descoberto um deles. Ao desenhar cinco linhas de partitura sobre a imagem, Pala descobriu que os pedaços de pão e as mãos de Jesus e dos apóstolos no afresco se alinham como notas musicais. Tocadas da direita para a esquerda, como era hábito de da Vinci, o arranjo faz sentido musicalmente e soa solene, como um canto de réquiem. Especialistas nas obras de Leonardo dizem que a teoria é plausível, dado que o artista também era um músico talentoso.
Então, basicamente, da Vinci fez uma trilha sonora para uma de suas pinturas. Gênio.
1 - Rafael Sanzio retratou seus colegas renascentistas como personagens históricos, na obra Escola de Atenas (e ofereceu uma prévia da Basílica de São Pedro 100 anos antes de ela ficar pronta)
Escola de Atenas é um dos trabalhos mais conhecidos do famoso artista renascentista Rafael Sanzio. Composto de quatro afrescos principais, o painel retrata quatro ramos distintos do conhecimento - a Filosofia, a Poesia, a Teologia e o Direito. Em cada um dos afrescos, são retratadas diferentes figuras do conhecimento - como Sócrates, Platão e Pitágoras - e muitos deles recebem emprestado as feições de alguns camaradas renascentistas de Rafael.
A identidade das figuras não foi confirmada por Rafael e, por esse motivo, existem diversas hipóteses para cada uma delas (apesar de a presença de Aristóteles e Platão ser certa). De acordo com a interpretação mais aceita, a numeração acima mostra duas vezes o próprio Rafael (em 3 e 20), Michelangelo (em 13), Leonardo Da Vinci (em 14), Giuliano da Sangallo (em 15), Donatello (em 17), Donato Bramante (em 18) e Baldassare Castiglione (em 19).
Além de incluir seus colegas no afresco, Rafael fez mais ainda. De acordo com o pintor Giorgio Vasari, Donato Bramante - o arquiteto responsável pela reconstrução da Basílica de São Pedro, no Vaticano - ajudou Rafael na arquitetura do prédio do afresco e há quem diga que ele passou para o pintor o modelo que havia criado para a reconstrução da basílica. Se isso for verdade, Bramante escondeu no trabalho de Rafael uma prévia de uma obra que só ficaria pronta dali a 100 anos. Sinceramente, gênio é pouco.
© obvious: http://lounge.obviousmag.org/croissants_de_karenin/2014/09/3-obras-de-arte-famosas-que-escondem-detalhes-assombrosos.html#ixzz3S9Aiixce
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