Bill Gates, fundador da Microsoft, afirmou recentemente que se sente “muito estúpido” por não falar nenhum idioma estrangeiro. Essa declaração reacendeu uma velha discussão entre os psicólogos: pessoas que falam duas ou mais línguas são mais inteligentes do que as que falam apenas uma?
Judith Kroll, psicóloga especialista em linguística, já afirmou em um dos seus trabalhos que o bilinguismo atrapalha no desenvolvimento de algumas crianças.
Por outro lado, Ellen Bialystok, psicóloga e professora da Universidade de Toronto, acredita que ser bilíngue tem suas vantagens cognitivas. Bialystok descobriu através de seus estudos que bilíngues têm maior facilidade com atividades lógicas e que dependem da memória.
O argumento de Bialystok é simples: bilíngues precisam de uma boa memória para “arquivar” outras línguas. Por exemplo, um brasileiro quando vai falar inglês precisa “acessar” essa parte da sua memória onde estão os outros idiomas. Isso sugere que crianças bilíngues forçam mais o cérebro do que seus colegas monolingues, fazendo com que elas desenvolvam mais.
Alguns psicólogos, como Krul, acreditam que o bilinguismo não altera o intelecto das pessoas, e ainda pode atrapalhar crianças em desenvolvimento. Outros psicólogos, como Bialystok, creditam a boa memória ao fato de falar dois ou mais idiomas.
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