Ainda no Portal Brasiliana Fotográfica, da Fundação acional do Livro e do Instituto Moreira Sales, encontrei entre outras fotos em preto e branco, algumas coloridas artificialmete. Estas fotos remeteram-me, apesar da distancia havida entre elas, a um documentário intitulado Caçadores da Alma. Parei e o fotógrafo Luiz Santos comentou sobre a contemporaneidade do trabalho do colorizador Mestre Julio e realmente, depois daquele depoimento e ao encontrar no Portal, fotografias surreais e incríveis, tais quais a do Mestre Julio, que agora descobri se chamar daguerreótipo e coloco nosso Mestre no mesmo patamar e com a mesma importância daqueles que em 1846, 1905, 1960, 1920, nos permitiram que aquele passado se tornase vivo e real ao mesmo tempo.
Posto o vídeo do Fotografia e Tecnologia - Caçadores da Alma
Posto o vídeo do Fotografia e Tecnologia - Caçadores da Alma
Confira algumas fotografias icônicas colorizadas
Esse é um daguerreótipo (processo fotográfico feito sem uma imagem negativa) de Edgar Allen Poe, criado por W.S. Hartshorn, em 1848. Mas porque há um texto nele que diz “Copyright 1904. CT Talman”?
Poe morreu em 7 de outubro de 1849, e a foto foi publicada pela primeira vez em 1880. Então quem foi CT Talman? A internet nos dá muito pouca informação sobre este fotógrafo cuja única pretensão de imortalidade parece ser a de nos fornecer este registro histórico de valor inestimável: uma imagem do gigante literário Edgar Allan Poe.
Uma pesquisa breve mostra que esta é na verdade de 1848. É evidente que a fotografia foi tirada 55 anos antes da data de 1904 inscrita sobre ela por CT Talman. A foto foi feita, ao que tudo indica, por W.S. Hartshorn, em Providence, Rhode Island (EUA), em 9 novembro de 1848, para então ser refotografada (ou descaradamente copiada) por CT Talman em 1904.
Marie Curie
Todos devem conhecer essa cientista polonesa laureada duas vezes com um Prêmio Nobel, conhecida principalmente pelas suas descobertas no campo da radioatividade, fenômeno até então desconhecido. A fotografia acima é de 1905. O fundo não está colorido porque a maioria, se não todos os cenários de estúdio naqueles dias, eram pintados em preto e branco.
Rodin foi um famoso escultor francês (1840-1917), com obras de destaque como O Beijo e O Pensador. A fotografia é de 1906 e foi tirada por Alvin Langdon Coburn.
Essa bomba a vapor mecânica de 1920 foi fotografada por Lewis Wickes Hine. A cor nos dá uma noção muito mais nítida do que era trabalhar em um objeto desses na época.
A foto desse estúdio é de 1920. A cor faz a imagem parecer mais nova do que isso.
Nome artístico de Lucille Fay LeSueur, essa atriz americana teve uma longa carreira no cinema, teatro e televisão, ganhando o Oscar em 1945. A foto colorida mantém ainda mais vívida sua memória.
Essa foto foi tirada em Hämeenlinna, na Finlândia, durante a Segunda Guerra Mundial. Figura um menino e um cão em uma escola de cães de guerra.
Foto de um lança-chamas em ação em uma floresta perto da aldeia de Niinisalo, na Finlândia, em 1 de julho de 1942.
Batalha de Stalingrado
Um soldado soviético com uma submetralhadora PPSh-41 “protege” um prisioneiro de guerra alemão com queimaduras e feridas durante a Batalha de Stalingrado (durante a Segunda Guerra Mundial), na Rússia, em janeiro de 1943.
Dois soldados americanos orgulhosamente mostram seus ovos de páscoa personalizados (granadas de artilharia de 155 milímetros) antes de lançá-las no nordeste da França, durante a Páscoa de 1945, ano do fim da Segunda Guerra Mundial. A placa dedica os “ovos” a Hitler.
A fotografia desse sex-symbol americano é de 1953.
Essa foto de Che Guevara, idealizador da Revolução Cubana, foi tirada em janeiro de 1959, por Joseph Scherschel.
Foto de 1962.
Essa foto de 1969 mostra a tripulação da missão espacial Apollo 11: Michael Collins, Buzz Aldrin e Neil Armstrong. A imagem foi feita por Yousuf Karsh.
Hindenburg foi um dirigível construído por uma empresa alemã, o maior do mundo até então. Na tarde de 6 de maio de 1937, na sua chegada a Lakehurst, nos EUA, uma tempestade o obrigou a voar mais lento. Um pelotão de jornalistas e câmeras e uma pequena multidão aguardava os passageiros, bem como uma equipe de 200 funcionários que seria responsável por trazer o dirigível lentamente para o chão. A bordo, havia 38 passageiros e 59 tripulantes. Para surpresa geral, Hindenburg repentinamente inflamou-se, pairando no ar por um instante agonizante, até espatifar-se no chão. A catástrofe é lembrada até hoje. 61 das 97 pessoas a bordo sobreviveram. [IO9, LLR, HSW]
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