Após a independência do Brasil (07 de Setembro de 1822) e durante o processo de
Após a independência do Brasil (07 de Setembro de 1822) e durante o processo de consolidação do regime republicano, os interesses das elites continuaram como prioridade em relação a maioria da sociedade e com isso contribuindo com o fortalecimento das elites locais.
Desde a monarquia os grandes fazendeiros possuíam um grande poder político em suas regiões, decidindo até os candidatos que seriam eleitos. Esses fazendeiros ficaram conhecidos por coronéis durante o governo de Regente Feijó, onde receberam esse título da Guarda Nacional para ajudar a conter revoltas que aconteciam no país e mesmo não tendo nenhuma ligação com a carreira militar, poderiam formar tropas. Com isso os coronéis poderiam compor grupos de capangas, que de modo violento, defendiam seus interesses.
Coronel Chico Heráclio em Limoeiro – PE
Em torno do poder do coronel, estavam seus aliados e “protegidos”, que nas eleições votavam nos candidatos indicados por ele. Essa prática ficou conhecida por voto do cabresto. O voto do cabresto acontecia pois a maior parte dos eleitores encontravam-se em situação de extrema pobreza, então votavam nos candidatos dos coronéis com a intenção de receber favores como: emprego, ajuda financeira, dinheiro para festas religiosas, tratamentos médicos e melhorias na região. Os locais controlados pelos coronéis ficaram conhecidos como “currais eleitorais”.
Nesta época o voto era aberto, onde cada eleitor declarava em voz alta o seu candidato, tornando mais fácil o controle dos votos pelos capangas, que fiscalizavam se as pessoas estavam votando no candidato “correto”.
Mesmo sendo considerado um crime eleitoral, algumas características do voto do cabresto permanecem em alguns locais do Brasil, principalmente os mais carentes. Alguns políticos aproveitam para, em períodos eleitorais, trocar votos por alimentos, tratamentos médicos e ou dinheiro
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