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Cuba saiu oficialmente nesta sexta-feira da lista de países patrocinadores do terrorismo elaborada todos os anos pelo governo dos Estados Unidos.
O anúncio da saída de Cuba da lista, da qual fazia parte desde 1982, foi feito pelo Departamento de Estado americano.
O presidente americano, Barack Obama, tinha notificado o Congresso de que queria remover Cuba da lista e deu aos legisladores um prazo para avaliar a iniciativa de 45 dias, que se encerrou nesta sexta-feira.
A medida é um marco e abre caminho para a normalização total das relações entre os dois países depois de 54 anos de hostilidades.
Com esta mudança, Cuba pode fazer transações bancárias nos Estados Unidos, entre outras atividades. No entanto, o embargo comercial ainda continua em vigor e poderá ser encerrado apenas pelo Congresso americano.
Agora, o secretário de Estado americano, John Kerry, “tomou a decisão final de revogar a designação de Cuba como Estado patrocinador do terrorismo, efetiva a partir de hoje, 29 de maio”, informou o Departamento de Estado em uma declaração.
Junto com Irã, Sudão e Síria
Desde 1982, Cuba fazia parte da lista de países patrocinadores do terrorismo, elaborada anualmente pelo Departamento de Estado, que também inclui o Irã, o Sudão e a Síria.
Washington argumentava que a ilha supostamente oferecera refúgio a membros do grupo separatista basco ETA e das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), além de abrigar fugitivos americanos.
A decisão de Washington também responde às demandas de Cuba, apresentadas várias vezes, de que o país fosse retirado da lista, que considera “injusta” e “infundada”.
Ao anunciar sua decisão, o governo Obama confirmou que, em sua visão, o governo de Raúl Castro não apoiou o terrorismo internacional no passado imediato e oferece garantias de que não o fará novamente.
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