NOTA POLÍTICA
POR MAIS QUE SEJA UM JOGO DE CARTAS MARCADAS A DECISÃO DO MPF COLOCA 81 SENADORES "ENCALACRADOS! NUMA SAIA JUSTA. VÃO TER QUE ARCAR COM A INFAME RESPONSABILIDADE DE CONDENAR UMA INOCENTE POR "CRIME DE RESPONSABILIDADE", QUANDO O MPF, TITULAR DA AÇÃO, GARANTE QUE NÃO HOUVE CRIME?
VOLTA DILMA! EIS FINALMENTE UMA BRECHA PARA QUE LUTEMOS PELA VOLTA DA PRESIDENTA DILMA, QUE USARÁ A SEGUNDA DENUNCIA CONTRA TEMER EM SUA DEFESA.
O ex-Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, advogado da ex-Presidenta Dilma Roussef, no processo que pede anulação do Impeachment, que está em tramitação no STF, vai usar a argumentação do ex-Procurador Rodrigo Janot utilizada contra Michel Temer, pois viu uma oportunidade no trecho em que o então procurador-geral da República relaciona dois fatos:
1) o apoio do "quadrilhão do PMDB" à queda da Presidenta,
2) à tentativa do grupo de barrar a Operação Lava Jato.
2) à tentativa do grupo de barrar a Operação Lava Jato.
José Eduardo Cardoso sofreu retaliação quando argumentou a esse respeito, o que invalidaria o impeachment.
"Não se pode tratar o impeachment como se fosse uma ilha dissociada de tudo", diz o ex-ministro.
Corretamente ele diz que todos os fatos apontados na denúncia do procurador são sem dúvida, indícios 'da nulidade do processo contra Dilma".O EX-Ministro José Eduardo Cardozo, advogado de defesa da ex-Presidente Dilma, vai utilizar a denúncia contra Temer durante o julgamento do mandado de segurança, que ainda não tem data marcada.
Antes de deixar o cargo, Janot enviou manifestação ao STF em que se posicionou contra o pedido de Dilma, afirmando que não houve atuação ilícita de políticos, nem na abertura do processo pelo então deputado Eduardo Cunha (PMDB) nem na votação final, no Senado.
Acho que o ex-procurador Janot não estava no Brasil durante todo o processo de impeachment da Presidenta Dilma. Devia estar na Cochinchina a essa altura do campeonato, com todos os esclarecimentos que já foram dados, com a comprovação de inocência pelo Ministério Público.
Num país que se preocupasse em, ao menos, dar aparência de legalidade ao julgamento de uma presidente da República eleita por 54 milhões de eleitores, a notícia de que o Ministério Público Federal mandou arquivar a denúncia referente às chamadas "pedaladas fiscais", diante da inexistência de crime, teria ganho as manchetes de Folha, Globo e Estado; no entanto, como os jornais fecharam seu apoio ao golpe parlamentar de 2016, assim como apoiaram o golpe militar de 1964, a notícia foi solenemente ignorada; apenas o portal G1, do grupo Globo, reconheceu-se (talvez inadvertidamente), que a decisão do MP fortalece a defesa de Dilma; agora, o Senado se vê diante de uma saia justa: como condenar a presidente Dilma por "crime de responsabilidade", se o próprio MPF, titular da ação penal, garante que não houve crime?
Sobre a tese de contaminação do julgamento nas duas Casas, Janot disse em sua manifestação que "seria improvável pressupor que tenha havido um tal concerto escuso, em desfavor da impetrante [Dilma], com tantos atores". Na avaliação dele, "o processo de impeachment foi autorizado e conduzido com base em motivação idônea e suficiente, não havendo falar em ausência de justa causa".
Mas foi embora, não deixou saudades e melou na saída com tais declarações.
Fonte: análise da mídia
Maristela Farias - JornalIsta DRT 1778/PE 1778
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