domingo, 19 de novembro de 2017

AS ELITES BRASILEIRAS ABOMINAM O POVO. SÓ O ACEITAM FANTASIADO NO CARNAVAL.

NOTA POLÍTICA

AS ELITES BRASILEIRAS ABOMINAM O POVO. SÓ O ACEITAM FANTASIADO NO CARNAVAL.

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“Indiscutivelmente, os primeiros destinatários da pregação de Jesus foram historicamente os pobres, os cegos, os dominados, os oprimidos, os leprosos. A partir deles, dirigiu-se aos demais. Se não temos a esses como ponto de partida, corremos o risco do reducionismo e do elitismo” (Leonardo Boff)
Nos anos 1980, Leonardo Boff escrevia artigos para o EL PAÍS defendendo a Teologia da Libertação, com textos que incomodaram o Vaticano que o proibiu de continuar escrevendo no jornal espanhol.
Alguma coincidência com o que a esquerda defende na figura de Luiz Inácio Lula da Silva?
Os textos de Boff incomodaram o Vaticano tanto quanto todos os avanços promovidos incomodaram a oligarquia que bateu panela contra a Dilma e chamam o Lula de ladrão..
A voz de Boff estava ganhando cada vez mais alcance, e se tornava uma provocação para a própria Igreja Católica enquanto instituição e foi expulso da por Bento XVI, tanto quanto a voz de Lula que incomoda as oligarquias que querem faze-lo calar a qualquer custo inclusive prendendo-o conforme deseja a direita extremista, o STF, o Dr.Moro e seus seguidores.
Boff ficou afastado da Igreja por 28 anos e milhões de fieis se afastaram da Igreja, quando em 2013 o Papa Francisco assumiu o discurso pelos mais pobres, pelos vulneráveis e a Igreja o recebeu de volta, mas tenho a impressão que o prejuízo já estava bastante grande. Os católicos já procuravam outros caminhos e Boff já estava longe da civilização, morando em lugar inaccessível, mas sempre escrevendo.
Há um fato que Boff reputa terrível, mas analiticamente explicável: o aumento do ódio e da raiva contra o PT. Ao mesmo tempo que nasce a acolhida calorosa, vem também a rejeição mais violenta. Ambas são “cordiais”: as duas são as caras passionais do brasileiro.
“Esse ódio é induzido pela mídia conservadora e por aqueles que na eleição não respeitaram o rito democrático: ou se ganha ou se perde. Quem perde reconhece elegantemente a derrota e quem ganha mostra magnanimidade face ao derrotado. Mas não foi esse comportamento civilizado que triunfou. Ao contrário: os derrotados procuraram por todos os modos deslegitimar a vitória e garantir uma reviravolta política que atendesse a seu projeto, rejeitado pela maioria dos eleitores.” (Boff)
Os perdedores derrotados nas urnas, os Aécios, que são muitos no Congresso, no Senado e em toda sociedade paneleira, se tornaram indignados, intolerantes, raivosos, impiedosos, ressentidos e decidiram destruir o país, os avanços, a classe trabalhadora, os aposentados, a Petrobrás e tudo que puderem, para que todas as conquistas sejam alijadas da vida e da mente de todos os brasileiros.
Segundo o historiador José Honório Rodrigues, “a maioria foi sempre alienada, antinacional e não contemporânea; nunca se reconciliou com o povo; negou seus direitos, arrasou suas vidas e logo que o viu crescer lhe negou, pouco a pouco, a aprovação, conspirou para colocá-lo de novo na periferia, no lugar que continua achando que lhe pertence”. Hoje as elites econômicas abominam o povo. Só o aceitam fantasiado no carnaval.”
Maristela Farias – Jornalista DRT 1778/PE

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