NOTA POLITICA
AS CARAVANAS DE LULA E AS MARCHAS DO MTST E DO MST SÃO IMPRESCINDÍVEIS PARA MOSTRAR AOS GOLPISTAS QUE AINDA ESTAMOS VIVOS
Relax, amigos, Lula virou, para o espanto geral da nação, o maior presidente da história da República. Com todos os acertos e escorregadas. E em 2018, só se ele não quiser, mas vai ser nosso Presidente mais uma vez.
Vou começar este artigo hoje, com uma frase – acho frase muito simples – prefiro dizer com uma lição do escritor e jornalista Xico Sá, quando ele diz:
“Entre os milhões de sem-qualquer-coisa, os sem-teto do MTST e os sem-terra do MST, ave palavra, são um alento. Ainda mais nesta hora calada que mais parece um minuto de silêncio sem fim antes de um jogo da Pátria em chuteiras.
Os sem-teto e os sem-terra lutam todos os dias, estes são imprescindíveis. Eles não se rendem à mudez geral da nação. Eles aguentam as buzinas dos apressadinhos, suportam a história universal da infâmia e todos os xingamentos de “vagabundos”. Será que temos ao volante ou nas caixas de comentários da internet alguém que já trabalhou mais que essa gente? Duvido muito.”
Posso de cátedra dizer ao companheiro Xico, que esses “vagabundos” trabalham muto, até porque em 1992 quando o movimento chegou na zona da mata de Pernambuco eu lá estava com eles durante muitos e muitos dias.
E, como misturadora oficial quando vejo essas Caravanas de Luiz Inácio Lula da Silva, quando olho e relembro todos os ataques que são feitos contra ele, quando leio nas imagens postadas lá no Google e noutras páginas, as palavras desrespeitosas e quando comparo com as marchas desses “vagabundos” que estão lutando pela terra e pela moradia, não posso calar diante do que esse golpista que nos roubou a paz anda fazendo.
E aí o Xico, que não é o Chico, mas o Xico… vem com uma pérola: “Lula virou, para o espanto geral da taba Tupi, o maior presidente da história da República. Com todos os acertos e pisadas. Eterno retorno ao chão da fábrica e aos que não têm um solo sobre os pés para largar os sapatos ou chinelos.”
Acho que devo estar muito encaracolada do juízo justamente porque o ataque que está sendo feito aos nossos direitos individuais e sociais está provocando uma lesão tão violenta que não posso a esta altura da vida me recolher e apenas saber que existem neste nosso país milhões de indivíduos imprescindíveis que lutam todos os dias em busca de direitos que lhes estão sendo negados.
Inúmeras vezes quando circulo nas redes, vejo que muitos dizem que o povo está calado com o golpe e com a destruição do país, mas exatamente nesse momento aparece a figura do líder, aquele que vai ao encontro de todos os que estão em busca do que lhes é de direito. Nas caravanas do Lula no Nordeste e em Minas Gerais aquele povo não está ali apenas pela presença de Lula. Todos estão à procura do restabelecimento de tudo que lhes está sendo repetidamente retirado e ao acompanhar a liderança eles, os “vagabundos” explícitamente lhes dizem o que estão esperando dele e confiando que com ele vão ter suas vidas e suas esperanças de volta.
Eles são os imprescindíveis… diante de um líder imprescindível.
Eles são os que estão ficando sem emprego, sem casa, sem escola para os filhos, sem trabalho, são os “vagabundos”.
Eles são todos aqueles que os intelectuais dizem que não se rebelam por conta de suas condições de que sempre viveram sob o relho dos capatazes e dos senhores escravocratas.
Eles são todos aqueles que diàriamente são chamados de “vagabundos”.
Eles são os que estão ficando sem emprego, sem casa, sem escola para os filhos, sem trabalho, são os “vagabundos”.
Eles são todos aqueles que os intelectuais dizem que não se rebelam por conta de suas condições de que sempre viveram sob o relho dos capatazes e dos senhores escravocratas.
Eles são todos aqueles que diàriamente são chamados de “vagabundos”.
Seu líder é aquele que perdeu um dedo numa fábrica, em um acidente de trabalho e que teve de aguardar até de manhã quando seu patrão chegasse para levá-lo ao hospital.
Ele e eles são aqueles que os pobres de espírito chamam de imprestáveis, preguiçosos, vagabundos…
Ele e eles são aqueles que os pobres de espírito chamam de imprestáveis, preguiçosos, vagabundos…
Mas são justamente eles que estão nas ruas quando são acionados. O resto de nós estamos em silêncio e essas criaturas que lutam pela vida nunca foram tão importantes para nós, para mostrar que alguém ainda tem capacidade de luta neta terra de silêncio.
Maristela Farias – Jornalista DRT 1778/PE
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