terça-feira, 21 de novembro de 2017

ATACAR A DILMA COM BAIXARIA EM PROGRAMA DE TV?

NOTA POLÍTICA
"O GOVERNO GOLPISTA VAI AGREDIR O BRASIL, COM MAIS UMA DEMONSTRAÇÃO DE SEU BAIXO NÍVEL POLÍTICO E CULTURAL. UMA PEÇA DE PROPAGANDA ELEITORAL FEITA EM NOME DO GOVERNO QUE COMETEU O GOLPE CONTRA A DEMOCRACIA E HOJE FAZ O PAÍS RETROCEDER DE MANEIRA DEVASTADORA FOI PRODUZIDA PARA OFENDER A MIM E AO MEU PARTIDO",

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"ESTA PROPAGANDA TEM O CARÁTER DO GOVERNO GOLPISTA. É MAL-EDUCADA, GROSSEIRA E VULGAR. É MACHISTA E RACISTA. MOSTRA DESCONHECIMENTO SOBRE A CULTURA E A HISTÓRIA DO BRASIL"(DA PÁGINA DILMA.COM.BR)
O PMDB de Michel Temer anuncia para terça feira uma baixaria contra Dilma Rousseff, impeachmada pelo golpe de 2016, nas inserções do horário eleitoral do partido.
Quem não lembra o escândalo que se fez quando os jornalões aplaudiram o que eles chamaram de “ironia” ao discurso de Dilma saudando a mandioca como “uma das maiores conquistas do Brasil”. Cada vez que abríamos páginas das redes sociais, constatávamos o sarcasmo que estava sendo tratada nossa Presidenta Dilma Roussef.
Imagino desde já, quantas patifarias serão ditas contra a ex-Presidenta Dilma Roussef e contra o cidadão Luiz Inácio Lula da Silva. Tudo patrocinado com nosso dinheiro e sob os auspícios de um govêrno golpista. O que me doi é lembrar que poucos se pronunciaram a respeito para defender a Presidenta.
Para Jorge Amado, “onde quer que esteja levo o Brasil comigo mas, ai de mim, não levo farinha de mandioca e sinto falta todos os dias, ao almoço e ao jantar”.
Vamos esperar para ver o que o Sr. Mouco, que presta serviços ao Planalto e deve estar vaidoso com a lembrança da mandioca, para humilhar a ex-Presidenta, ao lado do insígne constitucionalista e golpista Michel Temer, que naturalmente nem desconfia “que mandioca já foi medida de riqueza no Brasil. Aquela que deveria ser a primeira Constituição Brasileira, em 1823, abortada pela intervenção de Pedro I, ganhou o apelido de “Constituição da Mandioca”, porque o direito de voto, que era censitário, só seria dado a quem tivesse no mínimo de 150 alqueires de plantação de mandioca. que elegeriam um colégio eleitoral, provincial, delegados que precisavam ter no mínimo de 250 alqueires da raiz e que, por sua vez, elegeriam deputados e senadores, dos quais eram exigidos, 500 e 1000 alqueires, respectivamente, para se candidatarem.”
Mas é história… É nossa história…
Segundo li no Fernando Brito, a mandioca era quase um símbolo nacional, como o chá que – fortemente taxado pelos ingleses – esteve nas origens da formação dos EUA, tanto que os ultra conservadores de lá se organizam do Tea Party. Em 1817, na “Revolução dos Padres”, em Pernambuco, eles deixaram de fazer hóstias de trigo para fazê-las com tapioca. Mandioca, portanto.”
Sinceramente, mesmo sem ver, já estou incontrolavelmente com raiva e com muita vontade de falar coisas que não devo a respeito do golpista até porque o programa do PT foi tão bonito, tão nosso, que não merece comparação.
Mas fica uma interrogação em todos nós, que estamos esperando sejam apresentados no programa eleitoral, os senhores:
Michel Temer, Presidente golpista e sua esposa que já gastaram R$ 12.000.000,00 no cartão corporativo
Eduardo Cunha e sua esposa liberada pelo juiz Moro para gastar nosso dinheiro à vontade;
Geddel e as malas de dinheiro encontradas no seu bunker e na casa de sua mãe que até agora ninguém disse quanto mais, fora o assunto OAS; e mais 80% dos Temeristas, que são réus em diversas ações, tais como:
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, o secretário do Programa de Parceria de Investimentos, Moreira Franco, José Serra (PSDB-SP), o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, Sarney Filho, ministro do Meio Ambiente, Helder Barbalho, ministro da Integração Nacional, o ministro dos Esportes, Leonardo Picciani, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, que também é o tesoureiro-geral do PP, o ministro do Turismo, Marx Beltrão, Maurício Quintella Lessa. Os ministros Raul Jungmman (Defesa), Mendonça Filho (Educação), Fernando Coelho Filho (Minas e Energia) são citados na planilha da Odebrecht, apreendida pela Polícia Federal na sede da construtora.
O ex-ministro do Planejamento, Romero Juca, também deixou o ministério do governo Temer após ser flagrado em gravação com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, articulando o fim da Operação Lava Jato. Juca está, ainda, na lista de investigados que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal no início de 2015.
Todos os citados negam as irregularidades, mas será que a organização que tomou de assalto o poder e foi flagrado com a boca na botija vai aparecer no programa do PMDB?
A Deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) usou as redes sociais para criticar o envolvimento da cúpula do PMDB nos seguidos escândalos de corrupção visados pela Lava Jato; segundo ela, Temer deveria homenagear os "laranjas' que ajudaram a lavar recursos ilegais em campanhas do PMDB bem como os "bananas" que apoiaram o golpe; "PMDB deveria fazer saudação pra "laranjas", por serviços prestados aos líderes. Ou então aos "bananas" que apoiaram o golpe e tão se lascando"
Gostaria de acrescentar que, segundo o professor José Ribamar Bessa Freire, da Pós-Graduação em Memória Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNI-Rio), a sociedade brasileira deixou de se apropriar de um saber milenar, útil para a sua sobrevivência, sem que a escrita substituísse essas funções para amplos setores da sociedade nacional. Mas a pedagogia da oralidade continua funcionando no interior das sociedades indígenas.
Já a apropriação do saber indígena pela atual sociedade brasileira tem sido obstaculizada pela ignorância, o despreparo e até mesmo o desprezo mantido em relação às línguas e cultura indígenas. O preconceito etnocêntrico não nos tem permitido usufruir desse legado cultural acumulado durante milênios e acabou intoxicando leitões e aparecidos.
Lévi-Strauss em O Pensamento Selvagem chama a atenção para o fato de que muitos erros teriam sido evitados se o colonizador tivesse confiado nas taxonomias indígenas em lugar de improvisar outras não tão adequadas. O riso boçal e raivoso é, portanto, fruto da ignorância que não ajuda a conhecer o país e a melhorar as condições de vida de quem nele vive. L.F. Veríssimo faz uma distinção entre, de um lado “um antipetismo justificável dado os desmandos do próprio PT” e de outro, “um ódio que ultrapassa a razão” e que “está no DNA da classe dominante brasileira”.
Maristela Farias – Jornalista DRT 1778/PE

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