domingo, 5 de novembro de 2017

LULA NUNCA FOI UM DELES. ELE SEMPRE FOI CONSIDERADO UM INTRUSO NESSE REGIME OLIGÁRQUICO

NOTA POLÍTICA

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“LULA NUNCA FOI UM DELES. ELE SEMPRE FOI CONSIDERADO UM INTRUSO NESSE REGIME OLIGÁRQUICO. O POVO TEM UM GRAU MÍNIMO DE CONSCIÊNCIA DA REALIDADE, ALÉM DE TER A HERANÇA DA ESCRAVIDÃO E DO LATIFÚNDIO. ” (Fábio Comparato)
SINCERAMENTE? NÃO CONCORDO. TEMOS CONSCIÊNCIA SIM, PRECISAMOS DE EDUCAÇÃO. TEMOS QUE DESPERTAR. TEMOS QUE TER CONSCIÊNCIA DO QUE ESTÁ ACONTECENDO.
A Carta Capital traz uma entrevista com o jurista Fábio Comparato, que está lançando o livro “A oligarquia brasileira”onde destaca o regime oligárquico que sempre existiu no Brasil como um fato natural, até porque, segundo ele, três séculos e meio de escravidão atribuíram aos “senhores” um poder absoluto que incutiram na mentalidade coletiva a ideia de que uns nascem para mandar e outros para obedecer.
Para ele, Lula foi o único chefe de Estado escolhido fora do esquema oligárquico, mas sempre foi tratado como um intruso, ainda que tenha optado pelo caminho da conciliação até que a destituição de Dilma, provocada exatamente por essa oligarquia malsã, que segundo meu entendimento nem tinha ideia a quem estavam servindo, veja-se a presença de todo tipo de deputado na conjuração e de uma louca tipo Janaína Paschoal , quando foram eliminados os obstáculos que ainda existiam, até a efetivação dos interêsses dessa dita elite.
Segundo o Professor Comparato não existem grandes esperanças de mudança em 2018. “As eleições estão nas mãos da oligarquia. Há, porém, uma briga interna, por isso os oligarcas ainda não clareza de quem será o candidato”
Ainda segundo o jurista Comparato, a eleição de Lula em 2002 foi um acidente de percurso e, com a briga entre os oligarcas, ou elite, como preferimos, pode até haver um enfraquecimento e,senão chegarem a um consenso logo, “certamente os americanos vão impor algum nome”.
Mesmo Lula tendo sido o único chefe de Estado no Brasil escolhido fora do esquema oligárquico, mesmo não hostilizando os grupos dominantes até porque optou por uma conciliação, a elite se voltou contra ele e até foi pras ruas ridiculamente bater panelas e distribuir patos ridículos. Mesmo o tom conciliador de Lula não impediu que as elites se voltassem contra ele e como havia perdido três eleições resolveu não hostilizar os oligarcas aconselhado pelo Pallocci e pelo José Dirceu.
Apesar disso, Lula nunca foi um deles. Ele sempre foi considerado um intruso nesse regime oligárquico ou elitista como normalmente chamamos.
Com o impeachment da Dilma, decidiram dar um basta nessa intrusão e, se não me engano, foi exatamente quando ele foi convidado para ser Ministro e o STF barrou sua nomeação e a falta de habilidade política da Dilma facilitou o trabalho deles e o desenrolar de toda essa trama é exatamente o que estamos vendo e sofrendo. O mercado queria expulsar a Dilma e a pressão norte-americana funcionou até porque ela tinha que ser afastada porque se não o fosse, haveria resistência em entregar a Petrobrás e a Eletrobras. Com o golpista Temer, o caminho ficou aberto.
O grande problema dos oligarcas é que eles não têm ninguém com carisma para apresentar. A briga interna não permite clareza de quem será o candidato e, segundo o jurista, se não chegarem a um consenso, um nome será imposto.
Algum dia esse povo irá despertar?
Segundo Comparato, “o povo tem um grau mínimo de consciência da realidade, além de ter a herança da escravidão e do latifúndio. Mesmo quem não era escravo era absolutamente dependente do latifundiário. Então, a dominação oligárquica sempre existiu entre nós como algo natural.”
Diante de tudo isso, sinto que a luta é muito grande e Lula sabe disso. Mas ele é um guerreiro e nós podemos e vamos ajudar para que este País se livre do Temer e de sua organização golpista e que ele sofra em agonia por tudo que provocando nesta país.
Maristela Farias – Jornalista DRT 1778/PE

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