quarta-feira, 11 de outubro de 2017

A GENTE NÃO QUER SÓ COMIDA A GENTE QUER A VIDA COMO A VIDA QUER


Colaboratório.org
Publicado por Maristela Farias
NOTA POLÍTICA

“A GENTE NÃO QUER SÓ COMIDA A GENTE QUER COMIDA, DIVERSÃO E ARTE A GENTE NÃO QUER SÓ COMIDA A GENTE QUER SAÍDA PARA QUALQUER PARTE (...) A GENTE NÃO QUER SÓ COMIDA A GENTE QUER A VIDA COMO A VIDA QUER” COMIDA – ARNALDO ANTUNES, MARCELO FROMER E SÉRGIO BRITTO


A imagem pode conter: comida


O texto da música diz algo muito sensível: a gente quer a vida como a vida quer e me fez lembrar, talvez, uma das mais belas respostas do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando dia destes, nem guardei a data, a Polícia Federal o levou para depor sobre suas relações com empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato e o delegado que o interrogou quis saber como eram definidos os temas das palestras que ele começou a fazer para as construtoras no exterior após deixar o poder. "NO MEU CASO, E É ISSO QUE ME DÁ ORGULHO, O QUE MAIS AS PESSOAS QUERIAM SABER É QUAL FOI O MILAGRE QUE ACONTECEU NO BRASIL", disse o ex-Presidente. PESSOAS VIRAM NO MUNDO PELA PRIMEIRA VEZ O PESSOAL DO DEGRAU DE BAIXO SUBIR UM DEGRAU NA VIDA E FORTALECER AQUILO QUE EU DIZIA. POBRE NÃO É PROBLEMA. POBRE É SOLUÇÃO." Em seguida, o ex-presidente explicou as vantagens da transferência de recursos para os mais carentes. "EMPRESTA UM BILHÃO PARA UM RICO, ELE VAI ABRIR UMA CONTA PARA FAZER ESPECULAÇÃO", AFIRMOU. "EMPRESTE R$ 50 PARA UM POBRE QUE ELE VAI COMPRAR PÃO, ELE VAI COMPRAR UM CHINELO, ELE VAI COMPRAR UMA COISA QUE VAI FAZER O MERCADO FUNCIONAR NO DIA SEGUINTE."

Para Lula, a redução da pobreza e a queda da desigualdade foram as principais realizações de seu governo e formam a essência do seu legado. Elas são também uma explicação para o forte apoio popular que ainda encontra no Nordeste, além de um escudo que ele usa para se defender das acusações que enfrenta na Justiça e garantir um lugar na eleição presidencial do próximo ano.
Sabemos muito bem que uma quantidade incontável de brasileiros vivem excluídos da sociedade, sendo a falta de dinheiro um dos principais inibidores para o acesso aos meios essenciais que permitem as pessoas acessar às condições básicas da vida. Quando pensamos no Brasil em termos de desigualdade, infelizmente temos que aguentar a pecha de sermos um dos piores países do mundo neste tipo de diferença entre as classes sociais. Infelizmente. 

Vai mudar?

O ideal seria que sim. Mas diante da atual conjuntura, já estamos começando a ver o aumento das favelas, crescimento da fome e da miséria, desemprego que já alcança níveis estratosféricos, aumento de classes com menor poder aquisitivo, além das dificuldades de acesso aos serviços básicos de saúde, transporte, saneamento e educação. E hoje todos os projetos estão sendo dimensionados exatamente para que isso aconteça. 

O ideal seria que o conjunto da sociedade entendesse que sem um Estado Democrático jamais teremos condições de reduzir essa desigualdade, mas o que vimos, a pedido de uma elite quixotesca e que estamos vivenciando é um estado de golpe que está destruindo com todas as conquistas sociais até porque os ricos são muito ricos e o grau de concentração de renda no andar de cima é muito maior do que em nações mais desenvolvidas.

Por mais estudos que se façam, não se consegue entender como os ricos ficaram tão ricos no Brasil.

Maristela Farias – Jornalista DRT 1778/PE

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