NOTA POLÍTICA
“A GENTE NÃO QUER SÓ COMIDA A GENTE QUER COMIDA, DIVERSÃO E ARTE A GENTE NÃO QUER SÓ COMIDA A GENTE QUER SAÍDA PARA QUALQUER PARTE (...) A GENTE NÃO QUER SÓ COMIDA A GENTE QUER A VIDA COMO A VIDA QUER” COMIDA – ARNALDO ANTUNES, MARCELO FROMER E SÉRGIO BRITTO
O texto da música diz algo muito sensível: a gente quer a vida como a vida quer e me fez lembrar, talvez, uma das mais belas respostas do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando dia destes, nem guardei a data, a Polícia Federal o levou para depor sobre suas relações com empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato e o delegado que o interrogou quis saber como eram definidos os temas das palestras que ele começou a fazer para as construtoras no exterior após deixar o poder. "NO MEU CASO, E É ISSO QUE ME DÁ ORGULHO, O QUE MAIS AS PESSOAS QUERIAM SABER É QUAL FOI O MILAGRE QUE ACONTECEU NO BRASIL", disse o ex-Presidente. PESSOAS VIRAM NO MUNDO PELA PRIMEIRA VEZ O PESSOAL DO DEGRAU DE BAIXO SUBIR UM DEGRAU NA VIDA E FORTALECER AQUILO QUE EU DIZIA. POBRE NÃO É PROBLEMA. POBRE É SOLUÇÃO." Em seguida, o ex-presidente explicou as vantagens da transferência de recursos para os mais carentes. "EMPRESTA UM BILHÃO PARA UM RICO, ELE VAI ABRIR UMA CONTA PARA FAZER ESPECULAÇÃO", AFIRMOU. "EMPRESTE R$ 50 PARA UM POBRE QUE ELE VAI COMPRAR PÃO, ELE VAI COMPRAR UM CHINELO, ELE VAI COMPRAR UMA COISA QUE VAI FAZER O MERCADO FUNCIONAR NO DIA SEGUINTE."
Para Lula, a redução da pobreza e a queda da desigualdade foram as principais realizações de seu governo e formam a essência do seu legado. Elas são também uma explicação para o forte apoio popular que ainda encontra no Nordeste, além de um escudo que ele usa para se defender das acusações que enfrenta na Justiça e garantir um lugar na eleição presidencial do próximo ano.
Sabemos muito bem que uma quantidade incontável de brasileiros vivem excluídos da sociedade, sendo a falta de dinheiro um dos principais inibidores para o acesso aos meios essenciais que permitem as pessoas acessar às condições básicas da vida. Quando pensamos no Brasil em termos de desigualdade, infelizmente temos que aguentar a pecha de sermos um dos piores países do mundo neste tipo de diferença entre as classes sociais. Infelizmente.
Sabemos muito bem que uma quantidade incontável de brasileiros vivem excluídos da sociedade, sendo a falta de dinheiro um dos principais inibidores para o acesso aos meios essenciais que permitem as pessoas acessar às condições básicas da vida. Quando pensamos no Brasil em termos de desigualdade, infelizmente temos que aguentar a pecha de sermos um dos piores países do mundo neste tipo de diferença entre as classes sociais. Infelizmente.
Vai mudar?
O ideal seria que sim. Mas diante da atual conjuntura, já estamos começando a ver o aumento das favelas, crescimento da fome e da miséria, desemprego que já alcança níveis estratosféricos, aumento de classes com menor poder aquisitivo, além das dificuldades de acesso aos serviços básicos de saúde, transporte, saneamento e educação. E hoje todos os projetos estão sendo dimensionados exatamente para que isso aconteça.
O ideal seria que o conjunto da sociedade entendesse que sem um Estado Democrático jamais teremos condições de reduzir essa desigualdade, mas o que vimos, a pedido de uma elite quixotesca e que estamos vivenciando é um estado de golpe que está destruindo com todas as conquistas sociais até porque os ricos são muito ricos e o grau de concentração de renda no andar de cima é muito maior do que em nações mais desenvolvidas.
Por mais estudos que se façam, não se consegue entender como os ricos ficaram tão ricos no Brasil.
Maristela Farias – Jornalista DRT 1778/PE
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