terça-feira, 17 de outubro de 2017

PAULO FREIRE : PATRONO DA EDUCAÇÃO

NOTA POLÍTICA
“SE FOR PARA IR ALÉM DE MINHAS IDÉIAS, FAÇAM; SE FOR APENAS PARA REPETIR O QUE EU JÁ DISSE, NÃO VALE A PENA. DESISTAM” (Paulo Freire)

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Novamente vou falar de Paulo Freire e pedir que não deixem de assinar a petição que está encaminhada ao Senado, jé que na petição inicial não nos deixaram espaço para que assinássemos em defesa de Paulo Freire. Eu o conheci na juventude e com ele aprendi o que considero ter sido a essência de minha vida.
O link é este e apenas 13119 assinaturas estavam coletadas.
Claro, sem pesquisar não conseguiria passar pra você quem foi esse homem proibido de viver em sua Terra Natal por tanto tempo, por haver defendido, como um educador, os pobres e oprimidos? Quem foi este educador que ao longo de sua vida recebeu uma variedade enorme de prêmios e honrarias nos países onde viveu, e nos inúmeros países aonde a repercussão de sua obra chegou com a tradução de seus livros? Quem foi este homem criador de idéias de uma pedagogia não apenas nova, como tantas, mas verdadeiramente renovadora? Uma educação pensada para algo mais do que ensinar o trivial de um saber de ajustamento à vida social. Uma educação voltada a formar mulheres e homens capazes de se transformarem, transformando também o mundo em que vivem. O que ele aprendeu e o que ensinou? O que ele fez, afinal, para que seja hoje considerado em todo o mundo como um dos mais importantes educadores de toda a história humana?
Paulo Freire viveu a experiência de grandes esperanças, quando iniciou seu trabalho em defesa de pobres e oprimidos com momentos de dores e desalento. Era um jovem homem alquebrado pelo pensar e pelas dores de saber que dentro de algum tempo tudo seria destruído e eu tenho orgulho de dizer que fui uma educadora popular, seguindo o método do meu Mestre.
O projeto de Paulo Freire foi interrompido com o regime militar e substituído na década de 70 pelo MOBRAL, Movimento Brasileiro de Alfabetização. O objetivo do MOBRAL era alfabetizar na forma tradicional de ensino. Sem ideologias.
Com a saída dos militares do poder, Paulo Freire voltou a ser citado nas universidades e foi declarado Patrono da Educação Brasileira e o resultado está aí para todo mundo ver, o Brasil sempre entre os piores em educação no mundo inteiro.
Antes de sua morte, alguns educadores foram propor a ideia de um centro de estudos, pesquisas e difusão de experiência de educação popular com seu nome, ao que ele respondeu: “se for para ir além de minhas idéias, façam; se for apenas para repetir o que eu já disse, não vale a pena. Desistam”. O Instituto Paulo Freire existe em São Paulo, e é um entre os muitos espalhados por vários estados do Brasil e países do mundo
O educador pernambucano lembrou a vida inteira que educar é aprender a saber lançar no chão fértil dos sentimentos e da consciência de uma outra pessoa, a semente que desde agora e mais adiante germine em sua inteligência e no seu coração o desejo de partilhar com os outros a experiência conectiva do diálogo em favor da esperança da sempre possível construção de um mundo de partilha solidária e amorosa da justiça, da liberdade, da igualdade e da felicidade.
Tenho que escrever mais um artigo, sobre Paulo Freire, para que possa contribuir que o número de assinaturas da petição que está no senado seja assinada por milhares de pessoas, que como nós, admiramos e não aceitamos que o título de Patrono da Educação lhe seja usurpado.
Maristela Farias – Jornalista DRT 1778/PE

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