segunda-feira, 9 de setembro de 2013

ATENÇÃO PARA MANOBRA: DILMA QUER COLOCAR A INTERNET BRASILEIRA SOB CONTROLE DO GOVÊRNO


Yuri Sanson
Estão vendendo o chamado Marco Civil da internet como se fosse uma coisa maravilhosa. Pelo contrário: o projeto de lei cria uma máquina de espionagem sinistra que não garante democracia, liberdade nem privacidade.
O lobby é fortíssimo, há muito dinheiro. O interesse mais objetivo é não responsabilizar google/facebook/etc. pelo conteúdo gerado. Aí tudo bem, até. Os outros interesses são de transformar a internet em uma “TV a cabo”, com vários pacotes diferenciados: um para facebook, outro para portais da uol/terra, outro para e-mails.
O objetivo é fatiar a internet e acabar com a “mídia alternativa”, entregá-la na mão dos oligopólios, que já migraram para esse mundo “virtual”. No texto do Marco Civil da Internet, que está no Congresso, ao contrário do que dizem, não há garantias de “neutralidade de Rede”.
Outra jogada é armazenar por um ano (sem limites máximos) todos  os “logs” de acesso de todos os brasileiros. Um absurdo. Coisas desse tipo facilitam o Big Brother Obama. Querem mesmo é criar um Big Brother Dilma por aqui, está na cara.

1 comentário paraAtenção para a manobra: Dilma quer colocar a internet brasileira sob controle do governo.


  • ————————— NEUTRALIDADE DA REDE—————————————
    A neutralidade da rede (ou neutralidade da Internet, ou princípio de neutralidade) significa que todas os dados e informações que trafegam na rede devem ser tratadas da mesma forma, navegando na mesma velocidade. É esse princípio que garante o livre acesso a qualquer tipo de informação na rede.
    1 – CONTROLE DA INFORMAÇÃO as empresas de cabo e telecomunicações querem se tornar as guardiões da Internet, decidindo quais sites devem ter acessos rápidos ou lentos, e quais serão acessados ou não. Acordos entre empresas podem discriminar acessos para favorecer seus próprios serviços de VoIP, sites de buscas e de vídeos – enquanto podem retardar ou bloquear seus concorrentes.
    2 – LIBERDADE DIGITAL a neutralidade de rede é a garantia de que a Internet permanece livre e aberta para novas tecnologias, promovendo uma comunicação democrática. A monopolização da Internet irá sufocar a diversidade das fontes de informação independentes e de geração de conteúdo inovador.
    3 – DE PONTA A PONTA (end-to-end) Neutralidade da rede significa simplesmente que todo o conteúdo da Internet deve ser tratados da mesma forma e se mover na mesma velocidade através da rede. A teles não podem podem discriminar a Internet. Este é um projeto simples, mas brilhante “end-to-end” da Internet que tornou uma força poderosa para o bem econômico e social.
    Essa foi a concepção inicial da Internet.
    Sem a neutralidade de rede a Internet perde a sua essência. Hoje qualquer cidadão pode usar sua criatividade para inventar novas formas de uso da Internet. Caso não haja garantia de neutralidade, cada nova ideia deverá ser avaliada por alguém para que haja ou não autorização para implantação. Todos os serviços existentes hoje foram desenvolvidos sem a necessidade de permissão prévia. Quebrar a neutralidade da rede, além de tornar possível a censura a sites e serviços, atua diretamente como inibidor da inovação e desenvolvimento social.
    A Neutralidade de Rede não é um princípio no Marco Civil, pois não há garantias no seu texto como podemos observar abaixo:
    “Seção I
    Do Tráfego de Dados
    Art. 9º O responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar de forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicativo.
    § 1º A discriminação ou degradação do tráfego será regulamentada pelo Poder Executivo e somente poderá decorrer de:
    I – requisitos técnicos indispensáveis à prestação adequada dos serviços e aplicações, e
    II – priorização a serviços de emergência”.
    Trecho retirado do Art. 9 (caput): “sendo vedada qualquer discriminação ou degradação do tráfego que não decorra de requisitos técnicos necessários à prestação adequada dos serviços, conforme regulamentação”.
    A Neutralidade de Rede deveria ser tratada como um princípio fundamental, sem excessões, sem necessidade de regulamentações posteriores. Com este texto, o Marco Civil deixa em aberto, assim como é hoje, para que façam o que desejar, a depender da vontade dos governantes.

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