domingo, 8 de setembro de 2013

MANIFESTAÇÕES: DISCURSO DA PRESIDENTE






Publicado em 06/09/2013
Dilma prega 'humildade' do governo e direito de população 'se indignar'
Presidente fez pronunciamento do 7 de Setembro em cadeia de rádio e TV.
'Não podemos aceitar que uma capa de pessimismo cubra tudo', afirmou.

A presidente Dilma Rousseff afirmou na noite desta sexta-feira (6), em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV pelo Dia da Independência, que o governo deve ter "humildade e autocrítica" para admitir os problemas do país e que a população tem "todo o direito" de se indignar e cobrar mudanças. Ela também disse que a inflação está em queda e fechará o ano dentro da meta.

Dilma fez um balanço dos cinco pactos anunciados por ela em junho, durante um pronunciamento em resposta às manifestações populares que se alastraram por todo o país naquele mês. Os pactos foram por saúde, educação, mobilidade urbana, reforma política e estabilidade fiscal.

"Eu sei tanto quanto vocês que ainda há muito a ser feito. O governo deve ter humildade e autocrítica para admitir que existe um Brasil com problemas urgentes a vencer, e a população tem todo o direito de se indignar com o que existe de errado e cobrar mudanças", afirmou no discurso exibido nesta sexta.

Em seguida, a presidente afirmou que "existe um Brasil de grandes resultados que não se pode deixar de reconhecer". "Não podemos aceitar que uma capa de pessimismo cubra tudo e ofusque o mais importante: o Brasil avançou como nunca nos últimos anos", disse.

O pronunciamento foi gravado no último sábado (31). Na segunda-feira (2), a presidente viajou para a Rússia, onde participou da cúpula do G20. Neste sábado (7), pouco mais de oito horas depois de chegar a Brasília, participará do desfile em comemoração ao 7 de Setembro em Brasília e desfilará em carro aberto a partir das 8h45, na Esplanada dos Ministérios.
Mais Médicos
Dilma falou sobre o programa Mais Médicos, lançado no âmbito do pacto pela saúde. Segundo disse, o programa irá produzir "resultados rápidos e efetivos".
"O Mais Médicos está se tornando realidade, e tenho certeza de que, a cada dia, vocês vão sentir os benefícios e entender melhor o grande significado deste programa", declarou.
A presidente esclareceu que os médicos estrangeiros estão ocupando "apenas as vagas que não interessam e não foram preenchidas por brasileiros". "Não é uma decisão contra os médicos nacionais. É uma decisão a favor da saúde", disse.
Ela reconheceu que o governo precisa fazer mais investimentos em hospitais e equipamentos, mas disse que "a falta de médicos é a queixa mais forte da população pobre".
"Muita morte pode ser evitada, muita dor, diminuída, e muita fila, reduzida nos hospitais, apenas com a presença atenta e dedicada de um médico em um posto de saúde", disse.

Pactos
Sobre o pacto por educação, Dilma comemorou a aprovação pelo Congresso do projeto que garante que 75% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do Pré-Sal sejam destinados à educação. Ela sancionará o texto durante cerimônia no Palácio do Planalto na próxima segunda-feira (9).

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