domingo, 15 de setembro de 2013

PAN AFRICANISMO

Filho de Marcus Garvey visita Salvador para divulgar o Panafricanismo


Panafricanismo é um movimento político, filosófico e social que promove a defesa dos direitos do povo africano e da unidade do continente africano no âmbito de um único Estado soberano, para todos os africanos, tanto na África como em diáspora.


A teoria panafricanista foi desenvolvida principalmente pelos africanos na diáspora americana descendentes de africanos escravizados e pessoas nascidas na África a partir de meados do século XX como William Edward Burghardt Du Bois e Marcus Mosiah Garvey, entre outros, foi posteriormente levados para a arena política por africanos como Kwame Nkrumah. No Brasil foi divulgada amplamente por Abdias Nascimento.


Biografia - Marcus Mosiah Garvey (1887 – 1940) foi um comunicador, empresário e ativista jamaicano. É considerado um dos maiores militantes da história do movimento nacionalista negro mundial. Garvey liderou o movimento mais amplo de descendentes africanos até então. É lembrado ainda como o principal idealista do movimento de "volta para a África".


Ele criou um movimento de profunda inspiração para que os negros se voltassem politicamente para o continente africano e para que as potências coloniais europeias desocupassem o território negro. Marcus Garvey tornou-se conhecido mundialmente por meio das músicas de reagge e pela religião rastafari que o considera como um profeta. Músicos como Bob Marley e Burning Spears já referenciaram o líder em suas canções. Na jamaica, o líder alcançou o status de herói nacional.


Pan-africanismo: o conceito que mudou a história do negro no mundo contemporâneo


terça-feira, 19 / fevereiro / 2013 by Ascom

A ideologia Pan-africanista surgiu de um sentimento de solidariedade e consciência de uma origem comum entre os negros do Caribe e dos Estados Unidos. Ambos estavam envolvidos numa luta semelhante contra a violenta segregação racial. Essa solidariedade que marcou a segunda metade do séc. 19 propôs a união de todos os povos da África como forma de potencializar a voz do continente no contexto internacional.

O termo Pan-africanismo foi cunhado pela primeira vez por Sylvester Willians, advogado negro de Trinidad, por ocasião de uma conferência de intelectuais negros realizada em Londres, em 1900. Willians levantava sua voz contra a expropriação das terras dos negros sul-africanos pelos europeus e conclamava o direito dos negros à sua própria personalidade.

Essa reivindicação propiciou o surgimento de uma consciência africana que começou a se expressar a partir do I Congresso Pan-africano, organizado em Paris, em 1919, sob a liderança de Du Bois. Naquela época, Du Bois profetizou que o racismo seria um problema central no século 20 e reivindicou um Código Internacional que garantisse, na África tropical, o direito dos nativos, bem como um plano gradual que conduzisse à emancipação final das colônias.

Repercussão - Após o primeiro, foram realizados outros quatro congressos pan-africanos. No último, foi tratado de aclamar a necessidade da formação de movimentos nacionalistas de massas para obterem a independência da África o mais rápido possível. No Brasil, o Congresso de Cultura Negra realizado a partir da década de 1970 foi o principal reflexo do movimento.

O ativista Abdias Nascimento foi o difusor da importância do Pan-africanismo no país. Considerado um dos maiores defensores da cultura e igualdade para as populações afrodescendentes, ele conseguiu resultados positivos a partir de suas iniciativas na defesa e na inclusão dos direitos dos negros.

A partir das lutas marcadas pelo pan-africanismo, na contemporaneidade o Governo Brasileiro trabalha alternativas políticas e ações afirmativas que garantam a melhoria da qualidade de vida da população afrodescendente. O principal objetivo é o alcance da democracia. O maior desafio continua a ser o racismo. Porém, com um olhar mais sensível, o Estado passa superar os obstáculos do desenvolvimento democrático.






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