Sebastião Salgado lamenta perda de 'um amigo que respeitava demais'
Escritor fez introdução do livro de fotos 'Terra': 'Foi uma ação em conjunto'.
Veja fotos de Saramago em Lanzarote clicado pela câmera de Salgado.
O fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado estava vendo o jogo entre Alemanha e Sérvia na Copa do Mundo, na tarde desta sexta-feira (18) em Paris, quando soou seu telefone: "Morre José Saramago", dizia a mensagem de texto enviada pelo serviço de notícias do jornal "Le Monde".
O contato entre os dois se consolidou em meados dos anos 90, quando Salgado se debruçou sobre o projeto de fotografar o cotidiano do movimento sem-terra no Brasil que culminaria com o livro "Terra", lançado em 1997. Além das fotos em preto-e-branco de Salgado, a obra tem textos de José Saramago e música de Chico Buarque."Não sei o que dizer... estou abalado", disse, logo após, Salgado por telefone ao G1. "O Saramago foi um amigo, uma pessoa que eu respeitava demais. Ficava em casa quando vinha a Paris, mas eu não o via há muito tempo. Você já sabe do que ele morreu?"
José Saramago e sua esposa, a jornalista Pilar del Río, em Lanzarote (Foto: Sebastião Salgado)
Nessa época, o fotógrafo brasileiro viajou até Lanzarote, cidade nas Ilhas Canárias onde o escritor português vivia, e fez os retratos que ilustram este texto.
"Quando propus a participação dele no livro, foi muito mais que a introdução. Foi uma ação que a gente fez em conjunto, um manifesto", lembrou o fotógrafo, que trouxe o escritor ao Brasil para o lançamento de "Terra". "[Saramago] sempre foi um militante, um homem de esquerda, comprometido com todas as causas sociais, principalmente de Portugal e do Brasil."
"Não sei o que dizer... eu sinto profundamente, é uma grande perda", concluiu, ainda sem palavras, antes de desligar o telefone.
José Saramago na cidade espanhola de Lanzarote, nas Ilhas Canárias, em 1996 (Foto: Sebastião Salgado)
O contato entre os dois se consolidou em meados dos anos 90, quando Salgado se debruçou sobre o projeto de fotografar o cotidiano do movimento sem-terra no Brasil que culminaria com o livro "Terra", lançado em 1997. Além das fotos em preto-e-branco de Salgado, a obra tem textos de José Saramago e música de Chico Buarque."Não sei o que dizer... estou abalado", disse, logo após, Salgado por telefone ao G1. "O Saramago foi um amigo, uma pessoa que eu respeitava demais. Ficava em casa quando vinha a Paris, mas eu não o via há muito tempo. Você já sabe do que ele morreu?"
José Saramago e sua esposa, a jornalista Pilar del Río, em Lanzarote (Foto: Sebastião Salgado)
Nessa época, o fotógrafo brasileiro viajou até Lanzarote, cidade nas Ilhas Canárias onde o escritor português vivia, e fez os retratos que ilustram este texto.
"Quando propus a participação dele no livro, foi muito mais que a introdução. Foi uma ação que a gente fez em conjunto, um manifesto", lembrou o fotógrafo, que trouxe o escritor ao Brasil para o lançamento de "Terra". "[Saramago] sempre foi um militante, um homem de esquerda, comprometido com todas as causas sociais, principalmente de Portugal e do Brasil."
"Não sei o que dizer... eu sinto profundamente, é uma grande perda", concluiu, ainda sem palavras, antes de desligar o telefone.
José Saramago na cidade espanhola de Lanzarote, nas Ilhas Canárias, em 1996 (Foto: Sebastião Salgado)
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