sábado, 5 de agosto de 2017

MÍDIA BRASILEIRA DECIDE QUEM É CRIMINALIZADO, QUEM É CRIMINOSO, QUEM CAI OU NÃO



NOTA POLÍTICA


REGULAMENTAÇÃO DA MÍDIA: UM GRANDE NEGÓCIO QUE NÃO QUER APENAS SER O QUARTO PODER, MAS SER A PRÓPRIA AGENDA POLÍTICA DO BRASIL, ESCOLHENDO QUEM ELEGER, QUEM É CRIMINALIZADO, QUEM É CRIMINOSO, QUEM CAI OU NÃO.“ (Conceição Oliveira, blogueira)
“NÃO HÁ DEMOCRACIA COM MONOPÓLIO OU OLIGOPÓLIO DA MÍDIA. O GOLPE DEIXOU CLARO QUE O OLIGOPÓLIO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO É INCOMPATÍVEL COM A DEMOCRACIA, O ESTADO DE DIREITO E COM A VIGÊNCIA PLENA DA NOSSA CONSTITUIÇÃO. OU TEMOS MUITAS VOZES, OU TEMOS MANIPULAÇÃO E UMA COERÇÃO SOBRE A DEMOCRACIA. O BRASIL PRECISA DE UM NOVO MARCO REGULATÓRIO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO ELETRÔNICA.
PENSEM, LUTEM E NÃO SE SUBMETAM AO QUE ESTÁ ERRADO”. (Franklin Martins)




Começar um artigo, com um assunto vivenciado por muitos anos e com palavras de Franklin Martins é nada mais nada menos que desejar sejamos todos cientes e conscientes que os donos da mídia são os donos das consciências do povo.

Quando nos sentamos frente aos nossos notebooks, pcs, estamos com certeza, transformando o fluxo de informações, estamos assumindo o papel de transformadores, de militantes, de reconhecedores de que nada mais nos impedirá de expressarmos com liberdade, nossos desejos de modificação da sociedade e do país, com responsabilidade. Evidente que tal como a mídia que até hoje comanda o país, a internet também está sujeita aos mesmo ataques e às mesmas desvirtuações de um modelo social que lutamos. A apropriação das novas mídias pelos movimentos sociais e pela sociedade em geral e a publicação de suas próprias narrativas em plataformas digitais são destacadas por especialistas como um importante mecanismo de oposição à hegemonia da mídia tradicional. Mas esse avanço, para eles, não diminui a necessidade de uma regulação dos meios de comunicação.

Nos últimos anos a internet transformou os sistemas de comunicação mundo afora, aprimorando o fluxo de informações e transformando a militância política popular, apesar de sabermos que no Brasil ainda existe um longo e tortuoso caminho para que todo o país entre na era da conexão que é difícil, cara e muito ruim.

O IBGE, por exemplo, divulgou um estudo em que apenas 54,9% dos domicílios brasileiros possuíam acesso à internet, sendo que 54,4% das pessoas no país podiam ser consideradas internautas. Mas, quando se faz um recorte regional e de classe, percebe-se que o acesso à rede ainda é muito excludente. Se levarmos em conta os domicílios dessas pessoas, 97% das casas dos mais ricos estão ligadas à internet, enquanto somente 16% das residências de famílias das classes D e E estão conectadas.

Resultado? A grande maioria ainda se informa essencialmente através da televisão.

As pesquisas estão aí e nem precisa ir tão longe para percebermos que essa realidade precisa e tem que mudar. Independente de qual seja o meio de comunicação avaliado, certo é que todos, hoje, se encontram sobre forte domínio de poucos grupos econômicos gigantescos. Por isso, é necessário que haja uma grande reforma no sentido de democratizar a mídia brasileira, pondo fim aos oligopólios e garantindo o acesso à informação de uma forma mais variada.

É necessário e urgente romper a barreira de classes e região que a revolução cibernética encontrou num país que está culturalmente ligado à televisão. A respeito disso, estamos vendo que a televisão está levando a internet para dentro das casas o que, de repente, pode ser altamente pernicioso ate porque a própria internet tem que ser cuidadosamente utilizada até por ser um mundo ainda sem lei, pelo menos no Brasil.

Resta-nos entender o quanto o Brasil é concentrador da mídia: são seis grupos de Comunicação, com 667 veículos entre emissoras de TV, rádios e jornais, segundo pesquisa “Os Donos da Mídia” transformando o país em grande latifundiário, muito mais concentrado que a própria terra.

Maristela Farias - Jornalista DRT 1778/PE



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